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Só PSD e CDS fazem balanço positivo de mandato de Von der Leyen

Só os eurodeputados do PSD e do CDS fazem um balanço positivo do segundo mandato da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enquanto os restantes criticam "a submissão" aos Estados Unidos e "a inação" sobre Gaza.

Só PSD e CDS fazem balanço positivo de mandato de Von der Leyen

© Facebook/ Paulo Cunha

Lusa
09/09/2025 12:26 ‧ há 4 dias por Lusa

Ursula von der Leyen (de centro-direita) iniciou, em dezembro passado, o seu segundo mandato na liderança do executivo comunitário e vai, na quarta-feira, proferir o seu primeiro discurso sobre o Estado da União Europeia (UE) da nova legislatura e o quinto ao todo do seu percurso europeu

 

Fazendo em declarações à agência Lusa um balanço do desempenho até agora da responsável alemã, o eurodeputado do PSD Paulo Cunha destacou o seu "apoio inequívoco" à Ucrânia face à invasão russa e "os esforços da presidente da Comissão em encontrar também uma solução duradoura para a paz" no conflito entre o grupo islamita Hamas e Israel.

"O resultado do acordo comercial com os Estados Unidos -- embora limitado e muito longe do modelo que defendemos, de comércio livre, sem taxas -- é melhor do que não haver acordo", defendeu também.

Já a eurodeputada centrista Ana Pedro indicou que Ursula von der Leyen "conseguiu transformar uma guerra tarifária num processo de negociação com Washington", tendo também apelado "a uma solução negociada para o Médio Oriente" e liderado "a União Europeia no apoio à Ucrânia perante a agressão russa".

Mais crítica é a esquerda portuguesa, nomeadamente o BE, com a eurodeputada Catarina Martins a apontar que a líder do executivo comunitário "conseguiu surpreender pela negativa, extrapolando as suas competências em relação a Israel com o seu silêncio e inação criminosos em relação a Gaza e com o seu permanente conluio com extrema-direita e a submissão [ao Presidente norte-americano, Donald] Trump".

Para João Oliveira, do PCP, "o mandato desta Comissão Europeia tem sido marcado pela insistência numa política ao serviço dos interesses dos grupos económicos e financeiros e das grandes potências e de promoção da confrontação e da guerra no plano internacional à custa dos direitos e das condições de vida dos trabalhadores e dos povos, da paz e da cooperação".

"É particularmente chocante e inaceitável a cumplicidade da UE, e nomeadamente da Comissão Europeia, com o genocídio do povo palestiniano".

António Tânger Corrêa, do Chega, disse à Lusa que, "desde o início do seu mandato, Von der Leyen acumulou decisões contestadas e muito pouco transparentes".

Além disso, "o alegado acordo comercial com os Estados Unidos revelou-se muito desequilibrado e pouco vantajoso para a União Europeia e a diplomacia da UE em Gaza e na Ucrânia expõe a incapacidade de dialogar com todas as partes".

O eurodeputado liberal da IL João Cotrim de Figueiredo adiantou à Lusa que a liderança de Ursula von der Leyen "tem, neste primeiro ano de mandato, padecido daquela velha doença de deixar que o urgente vá adiando o importante".

"São urgentes, e necessitam de envolvimento da UE, matérias como a guerra na Ucrânia, o conflito comercial com os Estados Unidos e a situação no Médio Oriente, mas esse envolvimento não pode ocorrer à custa da negligência e inação em relação à questão mais importante de todas: o crescimento económico e a competitividade da economia europeia", elencou.

Pelo PS, Marta Temido referiu que este discurso do Estado da UE é "a última oportunidade para a presidente da Comissão Europeia enviar uma mensagem clara aos cidadãos europeus".

"Uma mensagem de compromisso com a ordem internacional -- seja na Ucrânia, seja em Gaza -- e uma mensagem de coerência com a defesa do multilateralismo e das instituições", concluiu.

Neste que é o seu quinto discurso sobre o Estado da União, Ursula von der Leyen deve defender-se das críticas que é alvo, principalmente sobre o acordo prejudicial com os Estados Unidos, a fraca posição moral sobre Gaza e ainda a controvérsia relativamente ao envio de tropas para a Ucrânia.

Leia Também: Von der Leyen faz primeiro discurso do mandato sobre Estado da UE

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