Gideon Saar, que se encontra hoje na capital da Croácia, disse que o grupo que controla a Faixa de Gaza provoca instabilidade no Médio Oriente e que a sua propaganda está a influenciar o Executivo de Madrid.
Numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo croata, Gordan Grlic Radman, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel disse que o Governo espanhol está a mostrar-se permeável em relação ao que disse ser propaganda do Hamas.
Trata-se do segundo dia consecutivo em que Gideon Saar critica a França e a Espanha pelas posições em favor do reconhecimento do Estado da Palestina.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou, na segunda-feira, uma série de medidas "para defender Gaza contra o genocídio" de Israel, incluindo a regulamentação do embargo de armas.
Esta medida desencadeou um conflito diplomático entre Israel e Espanha.
As medidas do Executivo de Madrid, acordadas com os parceiros do Sumar, não chegaram ao ponto de romper as relações diplomáticas com Israel, como exigia o partido espanhol que compõe a coligação governamental.
Israel proibiu na segunda-feira a entrada no país de dois representantes do Sumar, que fazem parte do governo de coligação: a vice-presidente e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, e a ministra da Juventude e Infância, Sira Rego.
Telavive acusou também Espanha de "anti-semitismo institucionalizado".
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