"A Suécia tem sido uma firme e permanente defensora da Ucrânia e da unidade da União Europeia (UE) em relação à agressão russa. Estamos de acordo quanto à necessidade de avançar com um aumento da pressão sobre a Rússia através de novas sanções", escreveu Costa, após reunir-se em Estocolmo com Kristersson.
Tanto Costa como Kristersson condenaram no domingo o maior ataque aéreo russo a território ucraniano desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, que fez cinco mortos e dezenas de feridos e atingiu a sede do Governo ucraniano, em Kiev.
O chefe do executivo sueco afirmou na rede social X que Estocolmo continuará a apoiar a Ucrânia e aumentará a pressão sobre a Rússia.
"As novas sanções, incluindo um 19.º pacote da UE, devem afetar ainda mais profundamente a economia de guerra russa para maximizar a pressão", sustentou.
A propósito do ataque russo com mais de 800 'drones' (aeronaves não-tripuladas) e mais de uma dúzia de mísseis, Costa escreveu na mesma rede social que "falar de paz enquanto se intensificam os bombardeamentos e se atacam edifícios governamentais e casas" é "a versão de 'paz' de [o Presidente russo, Vladimir] Putin".
"Devemos manter o rumo: reforçar as defesas da Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia através de sanções adicionais, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros", defendeu.
António Costa, que viajou da Finlândia para a Suécia, no âmbito da segunda parte da sua digressão pelos países comunitários, indicou, após reunir-se com Ulf Kristersson, que os dois também abordaram a cooperação europeia em matéria de segurança interna e defesa, bem como a necessidade de reforçar a competitividade da Europa, que são "duas faces da mesma moeda".
Em Helsínquia, o presidente do Conselho Europeu sublinhou, juntamente com o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, que a defesa deve ser uma das prioridades da UE perante a ameaça russa, e uma prioridade que deve assentar na solidariedade da União.
Recordou também que as capacidades defensivas não aumentam só com uma maior despesa, mas com um melhor investimento.
Perante o primeiro-ministro da Finlândia, país que o responsável da UE definiu como uma nação "na primeira linha" defensiva da Europa, referiu-se também à segurança e à defesa como uma área que requer um "esforço comum" dos Estados-membros do bloco comunitário.
"Na próxima semana, contaremos mais de 1.300 dias da guerra de agressão russa contra a Ucrânia; 1.300 é também o número de quilómetros da vossa fronteira com a Rússia", mas "a Finlândia, pela sua geografia e pela sua história, está muito consciente da ameaça russa, que não ameaça apenas a Finlândia, mas todos os países europeus", disse Costa ao lado do chefe do executivo finlandês.
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