Em comunicado, o ministério afirmou que os ataques israelitas foram dirigidos contra Bekaa e Hermel, com um balanço provisório de cinco mortos e cinco feridos.
A agência de notícias oficial libanesa ANN informou a ocorrência de menos sete ataques hoje no nordeste do Líbano, perto da fronteira com a Síria.
Na rede X, o porta-voz em língua árabe do Exército israelita, Avichay Adraee, indicou que as aeronaves israelitas tiveram como alvo "vários pontos do Hezbollah, incluindo posições da força Radwan", a unidade de elite do movimento libanês apoiado pelo Irão.
Estes foram os primeiros ataques israelitas desde que o Governo do Líbano anunciou na sexta-feira que o Exército iria começar a executar um plano para desarmar o Hezbollah, que saiu bastante enfraquecido da guerra que manteve durante quase todo o ano passado contra Israel.
Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor em novembro de 2024, Israel mantém tropas em cinco posições fronteiriças consideradas estratégicas no sul do Líbano e realiza ataques frequentes alegadamente contra alvos do Hezbollah, que não está a responder.
O grupo xiita rejeitou a iniciativa do Governo de Beirute, que agiu sob pressão dos Estados Unidos, considerando que o seu desarmamento serve os interesses de Israel e vai minar as capacidades defensivas do Líbano enquanto o país continua a ser alvo de repetidos ataques.
O Irão é considerado o principal patrocinador do Hezbollah, tendo alegadamente estado na origem da criação do grupo xiita, e de o financiar e equipar com armamento durante décadas.
A par do Hamas na Palestina e dos Huthis do Iémen, o Hezbollah constitui o chamado eixo da resistência apoiado por Teerão, e que se envolveu em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.
Após quase um ano de troca de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou uma forte campanha aérea no verão de 2024, que decapitou a liderança do movimento, incluindo o seu líder histórico, Hassan Nasrallah, e vários outros altos membros da sua hierarquia política e militar.
Desde o cessar-fogo em vigor desde novembro, o Estado libanês tem procurado concentrar o armamento existente no país nas mãos das forças de segurança oficiais, num processo inicialmente voluntário.
Ao mesmo tempo, o Exército foi destacado para o sul do país, numa região de influência do Hezbollah e junto da fronteira com Israel, em apoio à missão das Nações Unidas (FINUL), que terminará o seu mandato em 2026, após quase cinco décadas no terreno.
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