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Anestesista terá envenenado 30 pacientes em França para depois os salvar

O médico anestesista francês, que trabalhava em duas clínicas privadas, é suspeito de ter envenenado 30 pacientes para que depois os salvar e ficar com o mérito. No entanto, acabaram por morrer 12 pessoas.

Anestesista terá envenenado 30 pacientes em França para depois os salvar

© iStock

Notícias ao Minuto
08/09/2025 17:48 ‧ há 3 semanas por Notícias ao Minuto

Mundo

França

Um médico anestesista francês terá envenenado cerca de 30 pacientes para conseguir ficar com o 'crédito' de os ter salvado. No entanto, 12 pessoas acabaram morrer. O julgamento do suspeito, que afirma estar inocente, começou esta segunda-feira.

 

Conta o El Caso que, até 2017, Fréderic Péchier, de 53 anos, foi um anestesista muito bem sucedido. Trabalhava em duas clínicas privadas na cidade francesa de Besançon, perto da fronteira com a Suíça. 

Péchier era conhecido por salvar vidas dos pacientes que, durante a intervenção cirúrgica, estavam prestes a morrer. 

No entanto, em 2017 tudo mudou. Uma mulher, de 36 anos, sofreu um ataque cardíaco durante uma cirurgia numa das clínicas onde o francês trabalhava.

Os funcionários dessa unidade hospitalar viriam a descobrir que a anestesia da paciente continha uma dose de potássio - que poderia ter sido letal - depois de realizaram análises clínicas de rotina.

Após a descoberta, foi desencadeada uma investigação que acabou por colocar várias dúvidas em outras intervenções de Péchier, isto porque, vários pacientes haviam sofrido paragens cardiorrespiratórias, apesar de ter um histórico clínico considerado de baixo risco.

Durante oito anos, a procuradoria francesa investigou o médico anestesista e as suas ações em ambas as clínicas onde trabalhava. As conclusões apontam que, entre os anos de 2008 e 2017, ele teria manipulado e administrado a anestesia a pacientes com idades compreendidas entre os quatro e os 89 anos, sendo que 12 pessoas morreram.

A investigação revelou ainda que o objetivo de Fréderic Péchier era alimentar o seu ego, ou seja, o médico colocava a vida dos pacientes em risco para que depois, durante as cirurgias, conseguisse salvá-los. Desta forma, Péchier seria visto como um herói e colocava em causa os restantes médicos.

Esta segunda-feira, dia 8 de setembro, começou o julgamento do o anestesista francês, que é acusado de um crime de envenenamento de pessoas vulneráveis. O Ministério Público pede que seja condenado a prisão perpétua. 

O ex-procurador de Besançon referiu que Péchier era um profissional de saúde "muito hábil" e que punha em prática o seu 'plano' quando estava sozinho nas salas de operação, notando que conhecia "perfeitamente a natureza dos venenos administrados, para evitar levantar suspeitas".

Segundo o site espanhol, Péchier tem contra si cerca de 150 acusações particulares - vítimas e familiares - e encontra-se proibido de exercer medicina para o resto da vida.

Já em entrevista à rádio francesa RTL, o suspeito defendeu a sua inocência, dizendo ter a sua "consciência tranquila, uma vez que não há provas" e que está ansioso por "poder falar e ser ouvido". 

Disse ainda não ser responsável por nenhuma das 12 mortes, mas que "entende o sofrimento das famílias".

O julgamento, que teve início hoje, durará cerca de três meses e meio, estando previsto que termine no dia 19 de dezembro. Altura em que será determinado se Fréderic Péchier - que está em liberdade condicional - é culpado das mortes, assim como do envenenamento dos pacientes.

Leia Também: François Bayrou pede "prova de verdade" face à urgência de reduzir dívida

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