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Seul diz que trará para casa os mais de 300 trabalhadores detidos nos EUA

Mais de 300 trabalhadores sul-coreanos detidos após uma grande operação de imigração numa fábrica da Hyundai no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, serão libertados e levados para casa, anunciou este domingo o Governo sul-coreano.

Seul diz que trará para casa os mais de 300 trabalhadores detidos nos EUA

© SeongJoon Cho/Bloomberg via Getty Images

Lusa
08/09/2025 06:37 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

EUA

Kang Hoon-sik, chefe de gabinete do Presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, informou que a Coreia do Sul e os Estados Unidos finalizaram as negociações sobre a libertação dos trabalhadores.

 

Disse ainda que a Coreia do Sul planeia enviar um avião fretado para trazer os trabalhadores sul-coreanos de regresso a casa, assim que os procedimentos legais e administrativos forem concluídos.

O ministério sul-coreano dos Negócios Estrangeiros fez saber que Seul e Washington estão a discutir detalhes que permitam o regresso voluntário dos trabalhadores detidos e informou que o titular da pasta, Cho Hyun, viajará hoje para os Estados Unidos para conversas relacionadas com o caso.

As autoridades de imigração dos Estados Unidos anunciaram na sexta-feira que detiveram 475 pessoas, a maioria delas cidadãos sul-coreanos, quando centenas de agentes federais procederam a uma inspeção na fábrica da Hyundai na Geórgia, onde a marca sul-coreana tem uma linha de montagem de veículos elétricos.

Os agentes concentraram-se numa fábrica ainda em construção, na qual a Hyundai fez uma parceria com a LG Energy Solution para produzir baterias que alimentam veículos elétricos.

O chefe da diplomacia sul-coreana disse que mais de 300 nacionais da Coreia do Sul tinham sido detidos.

A operação foi a mais recente de uma longa série de inspeções realizadas no quadro da agenda de deportação em massa da Administração do Presidente Donald Trump.

Ainda assim, distingue-se para dimensão e porque o local visado tem sido apresentado como o maior projeto de desenvolvimento económico do estado da Geórgia.

Por outro lado, a operação também surpreendeu Seul, que é uma importante aliada de Washington. Em julho, a Coreia do Sul concordou em comprar aos Estados Unidos 100 mil milhões dólares (85,37 mil milhões de euros) de energia, assim como a fazer um investimento em território norte-americano de 350 mil milhões de dólares (298,8 mil milhões de euros) em troca da redução das tarifas alfandegárias decretadas por Trump.

Há cerca de duas semanas, por outro lado, os dois chefes de Estado encontraram pela primeira vez na Casa Branca.

Entretanto, Donald Trump admitiu que talvez os EUA pudessem chegar a um acordo com trabalhadores sul-coreanos, que treinariam cidadãos norte-americanos para realizar trabalhos como a fabricação de baterias e computadores.

"Se neste momento não há pessoas neste país que tenham conhecimentos sobre baterias, talvez devêssemos ajudá-las e deixar que algumas pessoas venham treinar o nosso pessoal", afirmou Trump no domingo à noite na Base Aérea de Andrews.

O Presidente norte-americano acrescentou que "a forma de treinar pessoas é trazer pessoas que sabem o que estão a fazer, deixá-las ficar por um tempo e ajudar".

Em contrapartida, Lee Jae Myung disse que os direitos dos cidadãos sul-coreanos e as atividades económicas das empresas sul-coreanas não devem ser injustamente infringidos durante os procedimentos de aplicação da lei nos Estados Unidos.

Nenhum dos detidos foi acusado de qualquer crime até o momento, segundo Steven Schrank, agente chefe da Homeland Security Investigations na Geórgia, numa conferência de imprensa na sexta-feira, acrescentando que a investigação ainda prossegue.

O mesmo responsável especificou que alguns dos trabalhadores detidos tinham entrado ilegalmente nos Estados Unidos, enquanto outros tinham entrado legalmente no país, mas tinham vistos expirados ou tinham entrado com isenção de visto, o que os proibia de trabalhar.

Leia Também: Coreia do Sul chegou a acordo com EUA para libertação de trabalhadores

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