"Cada ataque russo é uma escolha deliberada e uma mensagem: a Rússia não quer a paz. Os ataques de hoje, incluindo o perpetrado contra um edifício governamental em Kyiv, fazem parte de uma clara escalada. Continuaremos a apoiar a indústria de defesa da Ucrânia e a endurecer as sanções contra Moscovo", afirmou Kaja Kallas nas redes sociais.
Por seu lado, Andrí Sibiga disse que, durante conversa telefónica com a alta representante, falaram sobre os preparativos do décimo nono pacote de sanções contra a Rússia que a UE já está a preparar e espera apresentar no final de setembro.
"Concordamos que é necessária uma forte pressão transatlântica para obrigar Moscovo a pôr fim ao seu terror e avançar nos esforços de paz" disse o ministro, também através de uma mensagem nas redes sociais.
Além disso, o responsável ucraniano informou a chefe da diplomacia europeia sobre "as consequências dos ataques russos e as necessidades prioritárias da Ucrânia para o povo, com o objetivo de reforçar a resiliência energética antes do inverno e melhorar as defesas aéreas para proteger as infraestruturas críticas".
Por fim, Sibiga agradeceu a Kallas e à UE pelo apoio à Ucrânia "não apenas com palavras firmes, mas também com ações contundentes".
Every Russian attack is a deliberate choice and a message: Russia does not want peace.
— Kaja Kallas (@kajakallas) September 7, 2025
Today’s strikes, including on a government building in Kyiv, are part of a clear pattern of escalation.
We will continue to support Ukraine’s defence industry and tighten sanctions on Moscow. https://t.co/DBFSQ80aLl
A Rússia bombardeou massivamente a Ucrânia durante a madrugada de hoje com mais de 800 drones, um novo recorde, e mais de uma dúzia de mísseis, incluindo a capital, Kyiv, onde morreram pelo menos duas pessoas e onde foi atacada, pela primeira vez, uma sede do governo, de acordo com os serviços de emergência e as autoridades locais.
Um dos principais alvos do ataque noturno russo foi Kyiv, embora a Rússia também tenha bombardeado Odessa (sul), Zaporizhia (sul), Kremenchuk (centro), Krivói Rog (leste) e Dnipropetrovsk (leste).
Uma delegação da UE viajou para os EUA na sexta-feira para negociar com a administração do presidente Donald Trump possíveis novas sanções coordenadas contra a Rússia, revelou o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a partir da cidade ucraniana de Úzhgorod.
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