As fortes rajadas de vento trazidas por Peipah - o 15.º tufão da temporada no Pacífico, que hoje já tinha enfraquecido para uma tempestade tropical - foram particularmente destrutivas na província de Shizuoka, no centro do arquipélago.
À medida que Peipah avançava em direção a esta região, vinda do oeste do país, trouxe chuva e ventos fortes para as cidades de Makinohara, Kakegawa, Yaizu e Yoshida.
No aeroporto de Shizuoka, localizado em Makinohara, e na cidade de Kikugawa foram registados recordes locais de precipitação de 113 e 127 milímetros, respetivamente, em apenas uma hora, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão.
Em Makinohara, a zona mais atingida, três pessoas ficaram gravemente feridas e outras 20 sofreram ferimentos ligeiros, de acordo com os últimos dados divulgados hoje pela emissora pública japonesa NHK.
Só naquela cidade, pelo menos 43 casas ficaram completamente destruídas e outras 184 parcialmente danificadas.
O fenómeno meteorológico deixou quase 17 mil casas sem energia elétrica na província de Shizuoka, devido à influência de um tornado e de ventos fortes.
As autoridades enviaram hoje equipas para Shizuoka e outras áreas afetadas para avaliar os danos causados pelo Peipah, que também causou suspensões e atrasos de várias horas nas operações do Shinkansen, o comboio rápido japonês, na sexta-feira.
Peipah chegou a terra por duas vezes no oeste do Japão, primeiro perto de Sukumo, na província de Kochi, na madrugada de sexta-feira, e novamente no norte da província de Wakayama, por volta das 09h00 de sexta-feira (01h00 em Lisboa), antes de regressar ao oceano Pacífico.
As autoridades tinham recomendado a retirada de mais de 660 mil pessoas em diversas áreas do país, devido ao risco de inundações e deslizamentos de terra relacionados com as chuvas trazidas pelo tufão, que atingiram áreas distantes do centro, como a capital Tóquio e a vizinha província de Chiba.
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