"Manter a zona de segurança é necessário devido à crescente pressão migratória da Bielorrússia. A fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, quase 98% fechada, é crucial para a segurança da Polónia e de toda a União Europeia", explicou hoje o ministro do Interior polaco, Marcin Kierwinski, em comunicado citado pela agência Europa Press.
O Ministério do Interior polaco detalhou que, de junho a agosto, a Guarda de Fronteiras detetou 13.800 casos de travessias ilegais, em comparação com os 7.500 registados no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 83%.
As autoridades polacas afirmam que centenas de pessoas, principalmente originárias do Médio Oriente, atravessam todos os meses os Estados Bálticos vindas da Bielorrússia.
Os países europeus que fazem parte do espaço Schengen podem instaurar controlos nas fronteiras se considerarem que existe uma ameaça à ordem pública ou à segurança interna.
Esta zona de proteção de 200 metros reforça a proteção da fronteira e "garante a segurança", com o objetivo de conter os fluxos migratórios e combater as atividades de grupos criminosos responsáveis pela organização de tentativas em massa de travessias ilegais para a Polónia.
Este anúncio surge no mesmo dia em que o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso enviou uma nota de protesto a Varsóvia após ter detido o cidadão polaco Grzegorz Havel, de 27 anos, acusado por Minsk de recolher informações confidenciais sobre manobras e instalações militares.
Minsk convocou o encarregado de negócios da Polónia no país, Krzisztof Ozanna, para protestar contra a alegada atuação deste polaco.
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