Elías Rodríguez, de 31 anos, foi acusado há um mês de crimes de ódio com resultado de morte, que se somaram às acusações iniciais de homicídio em primeiro grau e homicídio contra autoridades estrangeiras, entre outras.
Numa audiência hoje no Tribunal Distrital do Distrito de Columbia, em Washington, Rodríguez negou as acusações perante o juiz Randolph Moss, apesar de ter confessado o crime no momento da sua detenção.
Se for condenado, o arguido poderá ser condenado à pena de morte, pelo homicídio de Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sarah Lynn Milgrim, de 26, dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, quando saíam de um evento no Museu Judaico da capital norte-americana, no dia 21 de maio.
De acordo com os documentos da acusação, quando os agentes chegaram ao museu, Rodriguez exigiu falar com a polícia e disse: "Fiz isto pela Palestina, fiz isto por Gaza, estou desarmado".
Rodriguez foi então detido e, desde o momento em que afirmou tê-lo feito pela Palestina, foi acusado de antissemitismo pela administração Trump.
"Estes assassinatos horríveis em Washington, D.C., claramente motivados pelo antissemitismo, devem acabar AGORA! O ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos", disse o Presidente Donald Trump numa mensagem na plataforma Truth Social horas após o ataque.
Os procuradores não esclareceram hoje se iriam pedir a pena de morte para Rodriguez, mas a procuradora-geral Pam Bondi declarou, após tomar conhecimento dos acontecimentos, que iria procurar "a punição mais severa possível para o autor deste crime hediondo".
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