Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun confirmou o encontro, mas sem especificar a data. A reunião poderá ocorrer ainda hoje, dado que Kim se encontra em visita à capital chinesa.
A presença de Kim em Pequim, onde assistiu ao desfile militar de quarta-feira, que assinalou o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, bem como o encontro com Xi, "são de grande importância", afirmou Guo.
"China e Coreia do Norte estão dispostas a reforçar a comunicação estratégica, intensificar os intercâmbios e a cooperação, aprofundar a partilha de experiências sobre governação e promover o desenvolvimento das respetivas causas socialistas, assim como das relações tradicionais de amizade", acrescentou.
Kim deslocou-se a Pequim numa viagem de quase 24 horas a bordo do seu comboio blindado para assistir ao desfile na Praça de Tiananmen, naquela que foi a sua primeira participação num evento multilateral com outros líderes mundiais.
O líder norte-coreano ficou sentado à esquerda de Xi Jinping, que tinha à direita o Presidente russo, Vladimir Putin, numa imagem simbólica que marcou a primeira aparição pública conjunta dos três chefes de Estado desde 1958.
A decisão de Xi em posicionar Kim ao seu lado poderá refletir uma aceitação tácita da nova aliança entre Pyongyang e Moscovo, que inclui cooperação militar e um acordo de assistência em caso de agressão externa.
A visita de Kim a Pequim é também interpretada como uma tentativa de restaurar a sintonia com a China, após tensões provocadas pelo apoio militar da Coreia do Norte à Rússia na guerra na Ucrânia.
Kim viajou ainda com a filha, cuja crescente exposição pública tem alimentado especulações sobre uma eventual sucessão dinástica na liderança norte-coreana.
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