"Isto é um engano dos democratas que nunca mais acaba. Recorda-me um bocado a situação de Kennedy. Já demos tudo, uma e outra vez, mais e mais, e nuca estão satisfeitos", afirmou, na Casa Branca, ao lado do presidente da Polónia, Karol Nawrocki.
As declarações de Trump foram feitas enquanto está a decorrer um evento no Capitólio, para exigir mais transparência sobre o caso Epstein, que tem contado com a participação de sobreviventes dos abusos, apoiantes das vítimas e vários congressistas, tanto democratas como republicanos.
"Senhor presidente. Sou uma republicana registada. Nao é que isso seja importante, porque isto não é política, mas convido-o cordialmente para o Capitólio para que me conheça em pessoa e assim possa entender que isto não é uma fraude", disse Haley Robson, uma sobrevivente dos abusos de Epstein, transmitiu a CNN.
O congressista republicano Thomas Massie, eleito pelo Estado do Kentucky, e o democrata Ro Khanna, eleito pelo da Califórnia, ambos presentes, impulsionaram uma iniciativa para obrigar a Câmara dos Representantes, a votar uma resolução que exija ao Departamento de Justiça a publicação de todos os documentos.
A medida também foi apoiada pelas republicanas Marjorie Taylor Greene, Lauren Boebert e Nancy Mace.
Trump já considerou que quem ajudar a promover esta votação está a fazer "um ato hostil" contra o seu governo, divulgou a cadeia de televisão NBC.
O Congresso divulgou na terça-feira mais de 33 mil páginas de arquivos sobre o caso Epstein, mas os democratas denunciaram que 97% destes já eram conhecidos.
O democrata com o principal ranking na comissão de supervisão da Câmara dos Representantes, Robert Garcia, eleito pela Califórnia, garantiu que nos documentos não se menciona qualquer lista de clientes nem nada que aumente a transparência ou faça justiça às vítimas".
Trump já solicitou o arquivamento do caso, que por diversas vezes considerou uma tentativa de desestabilizar o seu governo. Contudo, sofreu pressões dentro dos próprios republicanos para que se publique toda a informação relativa ao caso.
Epstein foi preso em julho de 2019, por acusações de abuso sexual e tráfico de dezenas de crianças no início dos anos 2000, tendo sido encontrado enforcado na cela.
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