Procurar

EUA e México afirmam "respeito pela soberania" durante visita de Rubio

Os Estados Unidos e o México comprometeram-se hoje, num comunicado conjunto, a "respeitar a [respetiva] soberania e integridade territorial", reforçando paralelamente a cooperação em matéria de segurança, numa visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

EUA e México afirmam "respeito pela soberania" durante visita de Rubio

© Getty Images

Lusa
03/09/2025 21:07 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

EUA

Os dois países "reafirmam a sua cooperação em matéria de segurança, assente nos princípios da reciprocidade, do respeito pela soberania e da integridade territorial, da responsabilidade partilhada e diferenciada, bem como da confiança mútua", segundo o comunicado lido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Juan Ramón de la Fuente.

 

Após um encontro com a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional, o chefe da diplomacia norte-americana congratulou-se com o facto de Washington e a Cidade do México terem atingido "um nível de cooperação histórico".

"É a cooperação em matéria de segurança mais estreita que já tivemos, talvez com qualquer país", declarou Rubio numa conferência de imprensa, elogiando a abordagem de Sheinbaum.

Os dois países anunciaram hoje a criação de um "grupo de alto nível" para dar seguimento à coordenação bilateral em matéria de segurança, centrada no combate ao tráfico de droga e à imigração ilegal.

O anúncio foi feito por De la Fuente, antes da conferência de imprensa conjunta com o homólogo norte-americano.

"Os dois Governos criaram um grupo de execução de alto nível que se reunirá regularmente para acompanhar os compromissos mútuos e as ações tomadas nos seus próprios países", disse o ministro.

O chefe da diplomacia mexicano leu o comunicado conjunto no início da conferência de imprensa, após a reunião realizada na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo o acordado, o grupo irá monitorizar "as medidas para combater os cartéis, reforçar a segurança nas fronteiras, eliminar túneis fronteiriços clandestinos, lidar com fluxos financeiros ilícitos, melhorar a cooperação para impedir o roubo de combustível e aumentar as inspeções, investigações e processos para deter o fluxo de drogas e armas".

O Governo de Claudia Sheinbaum tem vindo a destacar estes quatro princípios acordados em fevereiro - uma cooperação bilateral assente "nos princípios de reciprocidade, respeito da soberania e integridade territorial, responsabilidade partilhada e diferenciada e confiança mútua" - depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter este verão ordenado ao Exército que combatesse grupos ligados ao tráfico de droga, desencadeando especulações sobre possíveis intervenções militares norte-americanas em solo mexicano.

O objetivo é "trabalhar em conjunto para desmantelar o crime organizado transnacional através de uma cooperação reforçada entre as nossas respetivas instituições de segurança nacional, agências de segurança pública e autoridades judiciais", sustentou De la Fuente.

Assegurou ainda que a cooperação para "combater a circulação ilegal de pessoas através da fronteira" irá reforçar a segurança ao longo da "fronteira partilhada", bem como travar "o tráfico de fentanil e outras drogas ilícitas", e também o tráfico de armas.

A visita de Rubio ocorre em plena ofensiva de Washington contra o tráfico de droga a nível transnacional, o que envolveu o destacamento, na terça-feira, de um contingente militar para as Caraíbas, para destruir um navio que, segundo Washington, pertencia ao Tren de Aragua, uma organização criminosa transnacional venezuelana, classificada pelos Estados Unidos como organização terrorista estrangeira e que se pensa possuir mais de 5.000 membros.

Estas ações de Washington foram de imediato condenadas pelas autoridades venezuelanas, que acusaram os Estados Unidos de tentar com esta operação forçar a deposição do Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

O secretário de Estado norte-americano declarou hoje na Cidade do México que intercetar carregamentos de droga "já não funciona" e avisou que Washington voltará a atacar embarcações como a que os militares norte-americanos destruíram na terça-feira em águas das Caraíbas perto da Venezuela.

"Em vez de a intercetarmos, destruímo-la. E vamos fazê-lo de novo", afirmou Rubio na conferência de imprensa conjunta com o homólogo mexicano.

Insistindo que o ataque ocorreu "em águas internacionais", Rubio disse que os cartéis "estão a lucrar milhares de milhões de dólares" com as suas operações e que "não querem saber" das perdas causadas pelos apresamentos, o que torna o uso da força necessário para travar o tráfico de droga.

O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que o Governo Trump deu a estes grupos a designação de "narcoterroristas" e afiançou que irá agir para eliminar o tráfico de drogas que ameaça os Estados Unidos.

Leia Também: Trump disponível para aumentar presença militar dos EUA na Polónia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10