"O primeiro-ministro belga De Wever é um líder fraco que procura acalmar o terrorismo islâmico sacrificando Israel", afirmou Netanyahu num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
De Wever "espera alimentar o crocodilo terrorista antes que ele devore a Bélgica. Israel (...) continuará a defender-se", acrescentou Netanyahu.
Trata-se da primeira reação de Netanyahu ao anúncio de De Wever.
O Governo belga fez acompanhar o anúncio de sanções contra colonos israelitas ligados a atos violentos e "dois ministros israelitas extremistas", numa alusão aos titulares das pastas das Finanças, Bezalel Smotrich, e da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
A Bélgica poderá juntar-se a outros países, como a França, o Reino Unido, a Austrália e Portugal, que anunciaram pretender reconhecer a Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, organização que celebra 80 anos em 22 de setembro.
O chefe da diplomacia belga, Maxime Prevot, esclareceu posteriormente no parlamento que o reconhecimento da Palestina ocorrerá em duas etapas, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Primeiro, na forma de adesão à Declaração de Nova Iorque, promovida pela França e pela Arábia Saudita, juntamente com um apelo à coexistência entre Israel e a Palestina.
Mais tarde, através de um decreto real, com o reconhecimento legal e jurídico, desde que sejam cumpridas duas condições: a exclusão do movimento islamita palestiniano Hamas de todo o processo e a libertação de todos os reféns israelitas.
Prevot justificou a decisão com o trauma causado aos israelitas pelos ataques do grupo extremista palestiniano em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 250 sequestrados.
Os ataques do Hamas desencadearam a ofensiva militar que Israel tem em curso na Faixa de Gaza, que matou mais de 63.700 palestinianos desde então.
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