O porta-voz do movimento palestiniano, Taher al-Nunu, afirmou que "a liderança do Hamas intensificou os seus contactos políticos com os líderes e autoridades da região como parte de um amplo esforço diplomático no âmbito regional e internacional para travar a guerra de extermínio lançada pela ocupação [Israel] e aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza".
"O Hamas está a discutir formas de enfrentar os crimes da ocupação com vários países, enquanto o Governo de extrema-direita [israelita] se recusa a aceitar a proposta de cessar-fogo que lhe foi apresentada há duas semanas no Cairo pelos mediadores", afirmou Al-Nunu, segundo o jornal palestiniano Filastin.
O Qatar - que é um dos países mediadores entre Israel e o Hamas - declarou na terça-feira que Israel não respondeu ainda à mais recente proposta em agenda, que já foi aceite pelo Hamas, ao mesmo tempo que intensifica a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Al-Nunu enfatizou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "tem planos contra todo o projeto nacional palestiniano" e "procura liquidar a causa palestiniana".
"Alertamos para a gravidade do que está a acontecer na Cisjordânia, que não é menos catastrófico do que está a acontecer em Gaza", disse o porta-voz, em resposta às ameaças de anexação da Cisjordânia feita por altos responsáveis israelitas.
A ofensiva israelita foi desencadeada após os ataques do Hamas ao território israelita em 07 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.
Desde então, os ataques israelitas já mataram mais de 63.600 palestinianos e fizeram mais de 160.000 feridos, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, quando aumentam as críticas internacionais às ações militares israelitas no enclave e à fome em Gaza provocada pelas severas restrições à entrega de ajuda humanitária.
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