A reunião com Emmanuel Macron realiza-se antes da votação na Assembleia Nacional, a 08 de setembro, de uma moção de confiança que provavelmente fará cair o executivo.
Para o almoço, foram convidados os ex-primeiros-ministros Édouard Philippe (do partido Horizontes) e Gabriel Attal (do partido Renascimento, de Macron) e o atual ministro do Interior, Bruno Retailleau (dos conservadores Os Republicanos).
O diário francês Le Fígaro avançou que o plano de Macron é tentar encontrar uma saída para Bayrou, mesmo que este pareça estar mais do que condenado.
Para tal, o Presidente vai pressionar para que se chegue a algum tipo de acordo com os 66 deputados do Partido Socialista (PS) e os 23 do heterogéneo partido LIOT (Liberdades, Independentes, Ultramar e Territórios), que inclui independentes e regionalistas.
A iniciativa de Macron coincide com as reuniões que Bayrou agendou esta semana para tentar salvar o Governo.
No entanto, este último esforço não está a dar frutos até ao momento. O partido com mais lugares no parlamento, o partido de extrema-direita União Nacional (Rassemblement National, RN), de Marine Le Pen, deu o primeiro-ministro como demitido, depois de se ter reunido com ele.
Os Socialistas, outro grupo fundamental para a governação, serão recebidos na quinta-feira, mas já anunciaram que vão votar contra a moção de confiança de Bayrou.
Se a moção de confiança - convocada por Bayrou para 08 de setembro, numa última tentativa de garantir um apoio de princípio à proposta de orçamento do Estado para 2026, que prevê um corte de quase 44 mil milhões de euros para reduzir a dívida de França - for chumbada, o líder do Governo é obrigado demitir-se no mesmo dia.
Depois, caberá ao chefe de Estado francês decidir se nomeia outro primeiro-ministro, que terá de tentar obter uma maioria na Assembleia Nacional, o que parece impossível de alcançar dada a atual fragmentação, ou se convoca eleições legislativas antecipadas.
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