A China "respeita o direito do Irão de utilizar a energia nuclear para fins pacíficos" e procura uma solução para a questão nuclear iraniana que "tenha em conta as preocupações legítimas de todas as partes", afirmou Xi.
O líder chinês disse também que a China, que ameaça invadir Taiwan se a ilha declarar a independência, se opõe ao uso da força para resolver conflitos.
"O uso da força não é a forma correta de resolver disputas. A comunicação e o diálogo são a única via adequada para alcançar uma paz duradoura", disse Xi a Pezeshkian, de acordo com uma reportagem da televisão estatal chinesa CCTV.
Pezeshkian vai assistir na quarta-feira a um desfile militar em Pequim para assinalar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) no Pacífico, ao lado de Xi e dos líderes da Rússia e da Coreia do Norte.
A China, principal parceiro comercial do Irão, declarou que se opõe a uma iniciativa da Alemanha, França e Reino Unido que poderá resultar na reposição de sanções contra a República Islâmica.
Os três países europeus acionaram na semana passada um mecanismo que iniciou um processo de 30 dias para reimpor as sanções que foram suspensas há 10 anos.
A decisão surgiu após semanas de avisos sobre as alegadas violações por parte do Irão do acordo de 2015 com as grandes potências, que visava limitar o programa nuclear de Teerão.
As sanções foram suspensas no âmbito do acordo.
Os países ocidentais acusam o Irão de pretender dotar-se de armas nucleares, um objetivo negado por Teerão, que reclama ter o direito de possuir um programa nuclear civil.
"A China valoriza o compromisso reiterado pelo Irão de não procurar armas nucleares", disse Xi a Pezeshkian de acordo com a televisão chinesa, também citada pela agência de notícias espanhola EFE.
O Irão suspendeu a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o órgão de supervisão nuclear da ONU, depois de Israel ter lançado uma guerra de 12 dias contra o país em junho.
Israel procurou destruir as capacidades nucleares do Irão, que também foi atacado pelos Estados Unidos com o mesmo objetivo.
A Organização de Cooperação de Xangai, em que participam China, Irão e Rússia, alertou na segunda-feira contra os esforços para reinterpretar a resolução das Nações Unidas que aprova o acordo nuclear iraniano de 2015.
"Qualquer tentativa de interpretar erroneamente ou reinterpretar arbitrariamente esta resolução irá minar a autoridade do Conselho de Segurança" da ONU, disseram os 10 líderes eurasiáticos após uma cimeira realizada em Tianjin, na China.
A China e a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, juntamente com a França, o Reino Unido e os Estados Unidos, no quadro da ordem mundial nascida há 80 anos.
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