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Kim Jong-un chega a Pequim em comboio blindado para assistir a desfile

O líder da Coreia do Norte chegou hoje a Pequim a bordo do emblemático comboio blindado, para participar no desfile militar chinês que assinala o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.

Kim Jong-un chega a Pequim em comboio blindado para assistir a desfile

© Primorsky Krai APS/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
02/09/2025 10:35 ‧ há 17 horas por Lusa

Mundo

China

Kim Jong-un partiu na segunda-feira de Pyongyang e percorreu quase um dia de viagem para aquela que será a primeira participação num evento multilateral com outros chefes de Estado, indicou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

 

Espera-se que mantenha encontros bilaterais e até trilaterais com os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.

O desfile acontece na quarta-feira na praça Tiananmen, no centro da capital chinesa, num momento que a China deverá exibir o poderio militar num momento de crescente desconfiança face ao Ocidente e de incerteza nas relações internacionais depois do regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

O comboio de cor verde-azeitona de Kim Jong-un, apelidado por analistas de "fortaleza ambulante", é há muito símbolo de poder, segurança e tradição na liderança norte-coreana. Desde que chegou ao poder, em 2011, Kim já o utilizou em nove deslocações internacionais [na imagem, deslocação à Rússia em 2023], mantendo a preferência pelo transporte ferroviário herdada do pai Kim Song-il e do avô Kim Il-sung.

O comboio, fabricado em Pyongyang em múltiplas versões idênticas, é inteiramente blindado, das janelas ao chão, e equipado com sistemas de comunicação, armamento ligeiro e, de acordo com o Ministério da Unificação da Coreia do Sul, até um helicóptero de evacuação.

O peso do blindado impede o comboio de ultrapassar os 60 quilómetros por hora, mas permite uma segurança difícil de igualar em meios aéreos. Os itinerários são imprevisíveis e ao longo do percurso são destacadas tropas para garantir a segurança. Durante a cimeira com Donald Trump em Hanói, em 2019, foram visíveis essas medidas em todo o trajeto.

Apesar da tradição ferroviária, Kim não rejeita o transporte aéreo: já voou em três ocasiões para o estrangeiro, incluindo China e Singapura, em 2018, para o encontro com Trump. Nessa ocasião, usou um voo da Air China camuflado como ligação comercial. O avião oficial norte-coreano, o Chammae-1, um velho Ilyushin-62, é considerado pouco fiável por especialistas.

Nesta última viagem para Pequim, a imprensa oficial divulgou imagens de Kim sorridente no interior do comboio, rodeado de assessores e equipamento de trabalho: computador portátil, impressora, telefone fixo e cinzeiro. A ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son Hui, acompanhava-o, com documentos espalhados sobre a mesa. Noutras imagens, Kim aparece a fumar no exterior do comboio.

Park Min-ju, investigadora do Instituto Nacional para a Unificação da Coreia, salientou que este tipo de transporte também cumpre uma função simbólica: projetar a imagem de um líder que trabalha incansavelmente, mesmo durante as viagens, atravessando o país noite dentro como uma demonstração de poder e continuidade.

Leia Também: Kim Jong-un vai assistir a desfile militar com Xi e Putin

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