O Ministério Palestiniano considerou, num comunicado divulgado pela agência noticiosa Wafa, a decisão do governo belga "um passo em consonância com o direito internacional, as resoluções da ONU, a proteção da solução de dois Estados e o apoio à conquista da paz".
O Ministério apelou ainda a mais países para que se juntem a esta iniciativa e "intensifiquem os esforços práticos para pôr fim aos crimes de genocídio, deslocação, fome e anexação, e para abrir um caminho político genuíno para resolver o conflito e pôr fim à ocupação israelita do Estado da Palestina".
O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, anunciou hoje que a Bélgica vai reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmando que se trata de uma resposta à "tragédia humanitária" que se desenrola na Faixa de Gaza.
"A Palestina será reconhecida pela Bélgica na sessão da ONU! E serão impostas sanções severas ao governo israelita", escreveu o ministro, na rede social X.
O ministro observou que a decisão da Bélgica representa um "gesto político e diplomático firme" em busca de uma solução "para condenar as intenções expansionistas de Israel com os seus programas de colonização e ocupações militares".
"Perante a tragédia humanitária que se desenrola na Palestina, particularmente em Gaza, e face à violência perpetrada por Israel em violação do direito internacional (...), a Bélgica teve de tomar decisões firmes para aumentar a pressão sobre o Governo israelita e os terroristas do Hamas", explicou Prévot.
"A formalização administrativa deste reconhecimento através de um decreto real ocorrerá assim que o último refém for libertado e o Hamas deixar de ser responsável pela administração da Palestina", sublinhou o diplomata.
Em 31 de julho, mais de uma dezena de governos ocidentais - incluindo Portugal - anunciou que iria reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU, que se realizará de 09 a 23 de setembro, em Nova Iorque, e apelou a outros países para que fizessem o mesmo.
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