Os arguidos, com idades entre os 18 e os 81 anos, foram detidos durante um protesto, no dia 19 de julho, e vão comparecer perante um tribunal londrino nos dias 27 e 28 de outubro, informou a polícia em comunicado.
Se forem condenados, podem enfrentar uma pena máxima de seis meses de prisão.
O Governo trabalhista britânico designou em julho o Palestine Action ("Ação Pela Palestina") como grupo terrorista, após elementos ligados a este movimento terem infiltrado uma base da força aérea (Royal Air Force), onde praticaram atos de vandalismo, incluindo contra aviões ali estacionados.
Desde então, têm sido realizadas várias manifestações para protestar contra esta decisão do governo, que foi também criticada por ONG e especialistas ligados à ONU.
Mais de 700 pessoas foram detidas, incluindo 522 durante uma única manifestação em Londres, no início de agosto.
Até à data, 114 pessoas foram acusadas.
A secretária do Interior, Yvette Cooper, defendeu a proibição do movimento, reiterando em agosto que "não é uma organização não violenta".
Fundado em 2020, o movimento apresentou-se como uma "rede de ação direta" com o objetivo de denunciar a "cumplicidade britânica" com o Estado de Israel, particularmente na questão da venda de armas.
Liderou várias ações no Reino Unido contra instalações de empresas de armamento, incluindo o grupo israelita Elbit.
Em março, infiltrou e vandalizou também num campo de golfe propriedade do Presidente norte-americano Donald Trump, na Escócia, onde deixou a inscrição "GAZA NÃO ESTÁ À VENDA".
A cofundadora da Palestina Action, Huda Ammori, interpôs uma ação judicial contra a proibição do movimento e uma audiência do caso está marcada para novembro.
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