"É um símbolo (a mesquita) brilhante da civilização islâmica no Iraque e um testemunho vivo do progresso contínuo do nosso povo iraquiano no seu caminho coroado pela coexistência pacífica e pela fraternidade constante entre todos os segmentos e facções do nosso povo", disse o primeiro-ministro durante a cerimónia de inauguração.
Mohamed Shia al-Sudani mostrou gratidão e apreço "a todas as partes que contribuíram para a restauração deste honroso património", em particular à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que liderou a reconstrução desde 2018.
O líder agradeceu também aos Emirados Árabes Unidos, que financiaram a maior parte da reconstrução da mesquita, após ter sido bombardeada em 2017.
O primeiro-ministro do Iraque indicou que a reconstrução do minarete (torre de uma mesquita) de Al Hadba (corcunda, em árabe) é "mais um sinal da grande vitória dos iraquianos sobre os bandos das trevas e do eterno fracasso dos seus esforços para semear a discórdia".
Em 2017, explosões destruíram o famoso minarete inclinado e a mesquita de Mossul, cujo líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, em 2014, se proclamou "califa", sendo que o exército iraquiano atribuiu o ato a 'jihadistas' do Estado Islâmico.
Segundo o grupo extremista, os monumentos foram destruídos por um bombardeamento da aviação norte-americana.
Foi em fevereiro de 2018, durante a conferência internacional para a reconstrução do Iraque, realizada no Kuwait, que a UNESCO lançou a iniciativa "Reviver o Espírito de Mossul".
Da mesma forma, Al Sudani inaugurou hoje as igrejas de Al Sa'a e Al Tahira, reconstruídas depois de terem sido destruídas por terroristas durante a ocupação do país.
A Mesquita Al-Nuri e o seu minarete foram reconstruídos, regressando ao seu estado original, após um inquérito realizado pela UNESCO e pela Universidade de Mossul junto dos habitantes da cidade sobre a reconstrução.
Os resultados do inquérito mostram que 94% dos inquiridos disseram que gostariam de ver o minarete restaurado exatamente como era antes da sua destruição em 2017.
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