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ONU avisa que sismo vai agravar crise no Afeganistão e pede ajuda

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) avisou hoje que os terramotos registados no domingo no Afeganistão vão agravar a crise que o país já enfrenta, lembrando que milhares de famílias ficaram sem abrigo.

ONU avisa que sismo vai agravar crise no Afeganistão e pede ajuda

© Lusa

Lusa
01/09/2025 17:02 ‧ há 1 dia por Lusa

"Os terramotos acrescentaram mais uma camada às crises sobrepostas no Afeganistão, devastando famílias que também enfrentavam a deslocação e as dificuldades económicas", refere a organização que integra o sistema da ONU, num comunicado hoje divulgado.

 

"Com o aproximar do inverno, os riscos são ainda maiores: milhares de famílias não têm agora abrigo seguro", acrescentou a OIM.

Admitindo estar "profundamente consternada com o devastador terramoto que atingiu o leste do Afeganistão", a OIM sublinhou que vai ser preciso ajuda humanitária urgente para os que ficaram sem abrigo.

Um sismo de magnitude 6 na escala de Richter abalou o país às 23:47 locais de domingo (20:17 em Lisboa) e foi seguido de pelo menos dois abalos de magnitude 5,2.

Mais de 800 pessoas morreram e cerca de 2.700 ficaram feridas, segundo as autoridades locais, mas o número de vítimas está a aumentar continuamente, adiantou a OIM.

"As equipas da OIM já estão no terreno nas áreas afetadas, trabalhando com os parceiros para realizar uma avaliação completa dos danos e fornecer abrigo de emergência, assistência médica e apoio de proteção às comunidades afetadas", avançou a organização da ONU no mesmo comunicado.

"Esta tragédia acontece numa altura em que o Afeganistão já enfrenta imensas pressões", sublinhou, referindo que mais de 1,7 milhões de afegãos regressaram do Irão e do Paquistão este ano, "muitos para comunidades que já enfrentavam dificuldades com recursos limitados".

Expressando "sinceras condolências às famílias que perderam entes queridos", a OIM apelou à comunidade internacional para que aumente, com urgência, o financiamento a ajuda humanitária ao Afeganistão "para evitar mais sofrimento e proteger milhões de pessoas em risco".

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do primeiro sismo situou-se a 42 quilómetros de Jalalabad, capital da província de Nangarhar e a apenas oito quilómetros de profundidade, o que agravou o nível de destruição.

Na escala aberta de Richter, um sismo com uma magnitude entre 6 e 6,9 é classificado como "forte", podendo ser destrutivo numa área de uma centena de quilómetros à volta do epicentro.

O porta-voz do Governo talibã, Zabihullah Mujahid, prometeu que as autoridades vão utilizar todos os recursos para ajudar a população e que as equipas de resgate das províncias próximas do epicentro do sismo prestarão assistência aos afetados.

O Afeganistão é frequentemente atingido por terramotos, sobretudo na cordilheira Hindu Kush, perto da junção das placas tectónicas eurasiática e indiana.

Leia Também: Papa expressa solidariedade para com afetados por sismo no Afeganistão

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