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Paquistão inicia nova operação de deportação de afegãos depois de sismo

O Paquistão começou hoje a deportar refugiados afegãos, cujo prazo de permanência expirou no domingo, horas depois de um sismo no Afeganistão no qual morreram pelo menos 800 pessoas.

Paquistão inicia nova operação de deportação de afegãos depois de sismo

© Getty Images

Lusa
01/09/2025 11:46 ‧ há 1 dia por Lusa

"Após o prazo para o registo dos refugiados afegãos ter expirado ontem [domingo], a polícia e outras agências de segurança iniciaram uma operação" para deportação, afirmou um responsável do Governo paquistanês, que pediu para não ser identificado, citado pela agência de notícias EFE.

 

O prazo para o regresso voluntário de afegãos com comprovativo de registo (PoR) expirou à meia-noite de 31 de agosto.

De acordo com os afegãos que vivem ao ar livre no Parque Argentina, em Islamabade, uma praça pública no centro da capital paquistanesa onde estão reunidos centenas de migrantes, as deportações já tinham começado ainda antes de o prazo expirar.

As autoridades locais sublinharam que o repatriamento se vai manter já que não receberam qualquer ordem do Governo para o interromper, apesar do terramoto no Afeganistão.

Já no domingo, centenas de pessoas foram deportadas através da passagem fronteiriça de Torkham, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, que faz fronteira com a província afegã de Nangarhar, atingida pelo sismo.

As autoridades locais indicaram que entre os deportados contavam-se 307 homens, 293 mulheres e 1.262 crianças.

O Governo paquistanês lançou, em outubro de 2023, o "Plano de Repatriamento de Estrangeiros Ilegais", uma estratégia de três fases para deportar afegãos residentes no país.

Na primeira fase, os afegãos não registados receberam um ultimato de 30 dias para abandonar o país ou enfrentar a deportação.

Na segunda fase, lançada a 01 de abril deste ano, foram repatriados os portadores do Cartão de Cidadão Afegão (ACC), documento emitido entre 2017 e 2019 pelo Governo paquistanês.

A fase final abrange agora mais de 1,4 milhões de refugiados com cartões PoR, emitidos pela agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Mais de quatro milhões de afegãos chegaram ao Paquistão nas últimas quatro décadas, incluindo mais de 600 mil após o regresso dos talibãs radicais ao poder em 2021.

Desde o início do plano de repatriamento, em 2023, mais de um milhão já abandonaram o país.

Islamabade acusa parte da comunidade afegã de facilitar crimes e atividades terroristas e critica o Governo do país vizinho por não agir contra os membros da organização extremista Tehreek-e-Taliban Pakistão (TTP), também conhecida como talibãs paquistaneses, cujos membros se refugiam frequentemente no Afeganistão com a conivência das autoridades locais.

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