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Líbano rejeita pressão dos EUA para desarmamento rápido do Hezbollah

O presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, criticou hoje a pressão dos Estados Unidos para o rápido desarmamento do Hezbollah e defendeu que a questão deve ser tratada num diálogo nacional "calmo e consensual".

Líbano rejeita pressão dos EUA para desarmamento rápido do Hezbollah

© Getty Images/ANWAR AMRO/AFP

Lusa
31/08/2025 15:43 ‧ há 20 horas por Lusa

"Estamos abertos a discutir o destino destas armas, que nós, libaneses, consideramos honrosas, no quadro de um diálogo calmo e consensual", afirmou Nabih Berri.

 

O presidente do parlamento do Líbano, aliado-chave do Hezbollah e figura central nas negociações com Washington que permitiram alcançar o cessar-fogo em novembro, após meses de guerra entre Israel e o movimento libanês, fez estas declarações numa cerimónia em memória do clérigo xiita Moussa al-Sadr.

As declarações surgem numa altura em que o exército libanês prepara um plano de desarmamento do Hezbollah até ao final deste mês, apoiado pelo Presidente, Joseph Aoun, e pelo primeiro-ministro, Nawaf Salam, após proposta do enviado norte-americano Tom Barrack.

O Hezbollah rejeita debater a entrega das armas enquanto Israel não retirar as suas tropas de cinco colinas no sul do Líbano e não cessar os ataques aéreos quase diários contra o país.

Poucas horas antes do discurso de Nabih Berri, a aviação israelita lançou intensos bombardeamentos sobre a província de Nabatieh, no sul do país, que causaram danos em habitações e lojas, segundo a agência estatal libanesa. Israel afirmou ter atingido infraestruturas do Hezbollah.

O cessar-fogo alcançado em novembro passado previa o desarmamento do Hezbollah a sul do rio Litani, em troca da retirada israelita, mas os Estados Unidos já avisaram o Líbano de que não haverá passos de Telavive sem um plano de desarmamento em curso.

A guerra entre Israel e Hezbollah, desencadeada em setembro de 2024, após meses de confrontos de baixa intensidade desde o ataque do Hamas contra Israel, já provocou mais de 4.000 mortos.

Leia Também: "Se houver dois poderes regionais no Médio Oriente, um deve ser o Irão"

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