Xi afirmou que "a China e a Turquia são potências emergentes e membros importantes do 'sul slobal', com espírito de independência e autonomia", segundo um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
O líder chinês declarou que é preciso "impulsionar a relação de cooperação" entre as duas nações "para um novo patamar", durante uma reunião à margem da 25.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), que acontece entre hoje e segunda-feira na cidade de Tianjin, no nordeste da China.
"A China e a Turquia devem reforçar a confiança política mútua, apoiar-se mutuamente em questões relativas aos seus principais interesses e preocupações e reforçar a cooperação em matéria de contraterrorismo e segurança", disse Xi, acrescentando que "é necessária uma coordenação estreita" para "manter a ordem e as normas internacionais" e "contribuir para a paz e a estabilidade mundiais".
Já o Presidente turco afirmou que a Turquia "valoriza a posição imparcial da China na questão do Médio Oriente e está disposta a trabalhar com a China para defender a equidade e a justiça internacionais", segundo a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
O Presidente turco afirmou que "a Turquia atribui grande importância ao desenvolvimento das relações com a China e está disposta a reforçar o intercâmbio de alto nível" com o gigante asiático.
Apesar da aproximação iniciada em 2010, as relações entre Ancara e Pequim têm sido afetadas por questões como as tarifas turcas sobre os veículos chineses e a situação da minoria uigur, de origem turca e radicada no oeste da China, cujos membros sofrem violações dos direitos humanos segundo várias organizações não-governamentais (ONG).
Esta situação do povo uigur gerou protestos na Turquia contra a China.
A China abriu hoje, em Tianjin (nordeste), a 25.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que tem confirmadas as presenças dos líderes da Rússia, Bielorrússia, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Tajiquistão, Uzbequistão, bem como de países observadores como a Turquia, Iraque, Indonésia, Malásia e Vietname.
Na quarta-feira, cerca de trinta líderes mundiais - incluindo Modi e o Presidente russo, Vladimir Putin - estarão em Pequim para assistir à parada militar na praça Tiananmen para assinalar o 80º. aniversário da capitulação do Japão na Segunda Guerra Mundial.
Leia Também: Primeiro-ministro indiano fala com Zelensky antes de encontro com Putin