"Um dos maiores génios contemporâneos", cujas "óperas, 'ballets' e sinfonias são apresentados há várias décadas nos maiores palcos do mundo", morreu durante a noite, informou o Bolshoi em comunicado.
Descrevendo Rodion Shchedrin como "um fenómeno único e toda uma época na vida da cultura musical mundial", o comunicado lamenta a "enorme tragédia" e a "perda irreparável" para o mundo artístico.
Nascido a 16 de dezembro de 1932 em Moscovo, o compositor tornou-se conhecido no Ocidente com "Carmen Suite", uma música para 'ballet' escrita em 1967 que fez brilhar a sua mulher, a bailarina russa Maia Plissetskaya, no palco do Bolshoi.
Consagrada pelo Bolshoi como 'prima ballerina assoluta', Maia Plissetskaya morreu em 2015.
Inspirando-se em contos de fadas e na literatura clássica russa, Shchedrin também compôs os 'ballets' "O Pequeno Cavalo Corcunda", "Anna Karenina" (baseado em Leo Tolstói) e "A Gaivota" (baseado em Anton Tchekhov).
Autor da ópera "Lolita", composta a partir do controverso romance de Nabokov e cuja estreia mundial ocorreu em 1994 em Estocolmo, também se destacou pelas suas sinfonias e concertos para piano e orquestra, interpretados tanto na Europa como na Ásia e nos Estados Unidos.
Com mais de 80 obras no total, "o inestimável legado artístico de Shchedrin continua a encontrar eco nos corações do público", sublinha o Bolshoi.
Leia Também: Músico Ludovico Einaudi em Lisboa para dois concertos de piano em março
