Procurar

Dona de funerária levava corpos de bebés para casa para lhes "dar amor"

Amie diz que amava os bebés e que apenas lhes dava amor. Uma investigação à profissional foi desencadeada depois de uma mãe ter descoberto o corpo do seu filho bebé, sentado numa cadeira de refeições

Dona de funerária levava corpos de bebés para casa para lhes "dar amor"

© iStock

Notícias ao Minuto
28/08/2025 15:35 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

Amie Upton, a dona de uma agência funerária, em Leeds, no Reino Unido, está a ser acusada de levar os corpos de bebés para sua casa, onde os punha a ver televisão e lhes contava histórias. A mulher defende-se, afirmando, que amava estes bebés. 

 

Uma investigação à profissional foi desencadeada depois de uma mãe ter descoberto o corpo do seu filho bebé, sentado numa cadeira de refeições, junto a uma televisão, refere a BBC.

Segundo conta Zoe Ward, esta entregou o corpo do seu filho, que morreu com três semanas, à mulher, para que esta organizasse as suas cerimónias fúnebres. Porém, durante uma visita à sua casa, viria a encontrar o corpo do filho sentado numa cadeira, naquilo que descreve como um cenário digno "de um filme de terror" e que contado "ninguém acreditaria".

Na sequência da descoberta, a Leeds Teaching Hospitals Trust confirmou que, após "sérias preocupações", proibiu Amie, que dirige a Florrie’s Army, de entrar nas suas morgues e maternidades.

Amie defende-se mas há mais queixas

Entretanto, em declarações ao The Mirror,  a mulher veio a público defender-se, afirmando, que "ama os bebés". Segundo a mesma, os corpos "nunca eram deixados sozinhos" e eram tratados com amor. Esta publicação refere que Amie costumava ler-lhes a conceituada obra de Sam McBratney, 'Adivinha o quanto eu gosto de ti'.

Após a investigação da BBC, mais pais vieram a público denunciar Amie, referindo que deixaram os corpos dos seus falecidos filhos à mulher, de quem tinham boas recomendações, tendo posteriormente se deparado com situações que os deixaram indignados e traumatizados para a vida.

Um homem contou que o corpo da filha foi encontrado no sofá de casa da Amie, não tendo sido conservado às temperaturas aconselhadas. Por isso, a menina teve que ser sepultada sem que a urna pudesse ser aberta à família.

"Os bebés só conheciam o amor"

Confrontada com as acusações, Amie reconhece que a ideia poderá ferir as suscetibilidades dos mais sensíveis, mas que as suas intenções e o seu trabalho era feito com amor e responsabilidade.

"Não quero criticar os necrotérios ou o setor funerário, mas sei que aqui os bebés nunca eram deixados sozinhos. Eu estava sempre aqui", afirma, garantindo que os bebés eram bem cuidados e que possuía unidades e berços refrigerados.

"Os bebés só conheciam o amor. Não se vê enfermeiras a ler histórias aos bebés. Eu fazia isso. Sei que sempre dei o meu melhor", garante.

Abre casa funerária após tragédia pessoal

Segundo conta Amie, esta decidiu abrir uma casa funerária após uma trágica experiência pessoal. Estaria grávida, em 2017, quando foi alvo de uma brutal agressão por parte do seu companheiro, que acabou por ser preso e condenado  dois anos de prisão.

Acabou por dar à luz à sua bebé já sem vida, tendo esta associado sempre a morte da bebé à agressão de que foi alvo. 

O homem foi condenado apenas 4 anos depois, devido aos atrasos causados pela pandemia da Covid-19, período durante o qual Amie começou a transformar artigos de casamentos, em decorações funerárias. "Isso curou-me", afirma, tendo posteriormente decidido dedicar-se à área.

Leia Também: PAN/Açores repudia "apanha do porco" realizada em festa em São Miguel

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10