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Incêndios. Espanha garante que mobilizou todos os meios possíveis

O Governo de Espanha reiterou hoje que mobilizou todos os meios nacionais possíveis e garantiu o maior dispositivo de ajuda internacional de sempre para o combate aos fogos, em resposta a críticas da oposição.

Incêndios. Espanha garante que mobilizou todos os meios possíveis

© REUTERS

Lusa
28/08/2025 13:26 ‧ há 9 horas por Lusa

Espanha enfrenta desde 08 de agosto uma onda de incêndios no norte e oeste do país que é já considerada a maior desde que há registos nacionais e europeus.

 

Os incêndios atingiram, sobretudo, três regiões autónomas governadas pelo Partido Popular (PP, direita), que tem acusado o Governo, liderado pelos socialistas, de não ter mobilizado de forma expedita os meios solicitados pelos executivos regionais (a quem cabe coordenar o combate aos fogos) ou que houve demora na ativação do mecanismo europeu de proteção civil.

O PP chamou esta semana quatro ministros ao Senado (a câmara alta das cortes espanholas) por causa dos fogos.

Depois das ministras da Defesa e do Ambiente, foi ouvido hoje o ministro da Administração Interna (MAI), Fernando Grande-Marlaska, que voltou a rejeitar as críticas e garantiu que, pelo contrário, o Governo nacional se antecipou na ativação da ajuda nacional e europeia aos primeiros pedidos formais das regiões, permitindo, por exemplo, a chegada a Espanha de meios de dez países.

Num "Estado composto" e muito descentralizado como é Espanha, a proteção civil é "uma competência autonómica clara", realçou por diversas vezes o ministro, que garantiu que todos os pedidos dos governos regionais foram atendidos e houve bom trabalho de coordenação entre os diferentes níveis da administração.

Grande-Marlaska afirmou - em linha do que disse também a ministra da Defesa no Senado na terça-feira - que só houve mudanças após declarações públicas do líder nacional do PP, Alberto Núñez Feijóo, no dia 14 de agosto, data em que as regiões autónomas governadas pelo PP enviaram novos pedidos ao Estado central, solicitando ajudas como se não houvesse já meios no terreno ou numa dimensão impossível de atender, por não existirem sequer, por exemplo, no conjunto do mecanismo europeu.

O ministro lamentou que o PP faça "uma utilização partidária do Senado", onde tem maioria absoluta, ao contrário do que acontece no parlamento espanhol, "e de uma tragédia como a dos incêndios".

Com "manipulação e ruído", o PP "despreza o trabalho bem feito e mascara os próprios erros de gestão", acusou Grande-Marlaska.

"O Governo de Espanha pôs à disposição das comunidades autónomas todos os meios disponíveis e requeridos", afirmou.

Segundo dados do Governo de Espanha, o Estado central mobilizou 56 meios aéreos para os fogos, que se somaram aos 17 meios aéreos próprios dos governos regionais, assim como mais de 5.000 efetivos das Forças Armadas e outros 5.000 das forças de segurança, entre outros recursos técnicos e humanos, como "brigadas florestais", integradas por bombeiros e outros agentes.

O ministro considerou que o Governo central desempenhou corretamente, com eficácia e proatividade, o papel de coordenação que lhe atribui a arquitetura e a legislação do Estado espanhol, mas admitiu que há espaço para refletir e melhorar o sistema nacional de proteção civil.

Neste contexto apelou a um "trabalho conjunto" e a uma reflexão nacional com o objetivo de ser alcançado "um pacto de Estado" sobre esta matéria e no quadro mais alargado de uma resposta às consequências das alterações climáticas.

Espanha continua hoje com 12 fogos graves, mas a situação melhorou nas últimas 24 horas e a evolução é globalmente favorável, coincidindo com a descida das temperaturas, disse a Proteção Civil espanhola.

Os fogos mataram quatro pessoas e já queimaram 400 mil hectares em Espanha em 2025, um recorde anual no país, de acordo com os dados, ainda provisórios, do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que tem registos comparáveis desde 2006.

O Governo espanhol declarou na terça-feira zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses.

Leia Também: Espanha continua com 12 fogos por controlar, mas evolução é favorável

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