"Precisamos de criar empregos, reduzir a pobreza e dar aos nossos jovens a oportunidade de construir as suas vidas no nosso país. Este é o desafio da soberania económica", afirmou o chefe do executivo timorense, na abertura da Exposição Internacional de Comércio de Díli, organizada pelo Ministério do Comércio e Indústria, que decorre até sexta-feira.
"Temos de produzir mais do que comemos e utilizamos. Temos de transformar mais do nosso próprio café, sândalo, coco e peixe. Temos de vender não apenas para nós, mas para o mundo", pediu Xanana Gusmão.
"Cada produto timorense que substitui uma importação fortalece a nossa independência. Cada produto que encontra um mercado internacional traz rendimento para as famílias e dá verdadeiro sentido à nossa soberania", salientou.
O primeiro-ministro destacou também o papel fundamental das micro, pequenas e médias empresas para a criação de emprego e crescimento económico.
"Nesta exposição celebramos em particular os timorenses que criaram e deram marca aos seus próprios produtos. São inovadores que inspiram outros e mostram o que é possível. Provam que Timor-Leste pode produzir com qualidade e vender ao mundo", disse.
Xanana Gusmão acrescentou também que a exposição visa conectar empresários com investidores, incentivar parcerias, salientando que Timor-Leste "está pronto para produzir, construir, criar e crescer".
Na exposição, que acontece no Centro de Convenções da capital timorense, participam delegações de países como o Camboja, Brunei Darussalam, Indonésia, Malásia, Austrália, China, Macau, Índia, Fiji, entre outros, bem como 93 empresas internacionais e 157 timorenses.
O evento inclui um programa diversificado que abrange promoção de negócios e produtos, debates, sessões para eventuais parcerias empresariais, apresentações de oportunidades de negócios e investimento por parte de agências governamentais e da Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL).
A iniciativa pretende oferecer uma plataforma para que comerciantes, fabricantes e industriais nacionais e internacionais colaborem e invistam no país, mas também produzir e valorizar a marca 'made in Timor-Leste' nos mercados da Associação das Nações do Sudeste Asiático e do mundo.
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