Como manda a tradição, o município de Buñol, em Valência, ‘pinta-se’ de vermelho na última quarta-feira de agosto. Este ano, mais de 22 mil pessoas juntaram-se na localidade para lançar 120 toneladas de tomate, a propósito da 78.ª edição do festival La Tomatina.
Desde terça-feira que os tomates de uma empresa da Extremadura estavam a ser carregados em camiões, para serem usados como munição na festa do dia seguinte, que se assinalou a 27 de agosto.
“Uma pequena vila de dez mil habitantes na província de Valência, no epicentro mundial. Neste dia, todos os olhos estão voltados para Buñol”, disse o vereador responsável pelo evento, Sergio Galarza, citado pelo El País.
O responsável sublinhou ainda que os tomates usados não são próprios para consumo humano, tendo sido plantados exclusivamente para o festival.
A ‘batalha’ arrancou pelas 12h00 (hora local), quando voluntários começaram a atirar os frutos contra a multidão, a partir de seis camiões basculantes.
Um dos destaques da festa deste ano foi a rapidez com que um jovem de nacionalidade indiana alcançou o presunto que ‘coroa’ o chamado ‘Palo Jabón’, uma vara untada com óleo que desafia os mais ágeis a escalá-la. Na edição passada, ninguém alcançou o prémio.
O evento não foi imune aos protestos devido à situação na Faixa de Gaza, tendo sido possível ver bandeiras da Palestina e faixas contra o genocídio no enclave ao longo do percurso.
Esta foi a primeira La Tomatina desde o temporal de outubro passado, que provocou 228 mortos e devastou grande parte da província de Valência. Nessa linha, o festival foi apelidado de ‘Tomaterapia’, já que, “depois do que sofreram”, os valencianos estão preparados “para o que vier”, disse Galarza.
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