Israel, que realiza ataques aéreos regularmente na Síria, não confirmou a operação, mas o seu ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou hoje que as forças israelitas estavam a operar "dia e noite" onde fosse necessário para a segurança do país.
Na terça-feira, as aeronaves israelitas já tinham atingido aquele local, perto de Kesweh, a cerca de 30 quilómetros a sul de Damasco, matando seis soldados sírios, segundo o ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria.
Na quarta-feira, o local foi novamente bombardeado, segundo a televisão estatal, e depois o exército israelita "conduziu uma operação aerotransportada, cujos detalhes ainda não são conhecidos", informou a agência noticiosa oficial SANA, citando uma fonte governamental.
Desde dezembro, Israel realizou centenas de ataques contra a Síria e incursões terrestres no sul do país.
Esta operação é o primeiro ataque israelita deste tipo desde a queda de Bashar al-Assad, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), sediado no Reino Unido, mas com uma vasta rede de fontes na Síria.
Um funcionário do Ministério da Defesa disse que o local visado por Israel albergava edifícios do exército sírio.
O local albergava armas utilizadas pelo Hezbollah libanês, apoiado pelo Irão e aliado de Assad, segundo o OSDH.
Israel e Síria estão tecnicamente em guerra há décadas, mas mantêm diálogo sob os auspícios dos Estados Unidos desde que Ahmad Shareh assumiu o poder, com o objetivo declarado de chegar a acordos de segurança.
Leia Também: Estados Unidos garantem "compromisso inabalável" com segurança de Israel