O presidente norte-americano pediu que o bilionário, alvo recorrente de ultraconservadores e de teóricos de conspirações, e um dos seus filhos sejam acusados por alegadamente apoiarem protestos violentos nos Estados Unidos.
A organização "não apoia nem financia protestos violentos. A nossa missão é promover os direitos humanos, a justiça e a democracia aqui e em todo o mundo", afirmou um porta-voz da OSF.
Odiado por ultraconservadores e alvo regular de ataques com conotações antissemitas, o bilionário de 95 anos nascido na Hungria tem sido acusado por estas alas de extrema-direita de trabalhar para derrubar governos ou de orquestrar uma crise migratória na Europa.
Em causa estão os milhares de milhões que doou através das suas fundações para apoiar reformas económicas e judiciais, os direitos das minorias e dos refugiados e a liberdade de expressão.
"Deveriam ser processados ao abrigo da Lei RICO pelo seu apoio a protestos violentos, e muito mais, em todos os Estados Unidos da América", escreveu Trump na sua rede social Truth Social, referindo-se a uma lei federal sobre organizações criminosas.
"Não vamos permitir que estes lunáticos destruam mais a América, nunca lhe dando sequer uma hipótese de respirar e ser livre", adiantou o Presidente.
Trump não especificou a qual dos filhos de Soros se referia na sua publicação, embora provavelmente se trate de Alexander Soros, o atual presidente da Open Society.
Alexander tinha afirmado que queria envolver-se mais nos Estados Unidos do que o seu pai, apoiando programas que encorajavam os eleitores latinos e afro-americanos a votar e apelando aos políticos democratas para que comunicassem melhor.
Durante as manifestações contra a política migratória repressiva da administração de Donald Trump, em Los Angeles, em junho, as contas conservadoras nas redes sociais afirmaram que os protestos eram promovidos e incentivados por organizações sem fins lucrativos apoiadas por George Soros.
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