"A evacuação da cidade de Gaza é inevitável (...), cada família que se mudar para o sul receberá a ajuda humanitária mais generosa possível", afirmou o porta-voz árabe do exército, Avichay Adraee, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A ONU calcula em cerca de um milhão de pessoas a população atual da província de Gaza, que inclui a cidade de Gaza e arredores, no norte do território palestiniano devastado por quase dois anos de guerra.
Israel aprovou planos para tomar a cidade de Gaza e anunciou que pretende forçar a população a transferir-se para o sul do território, um projeto considerado irrealista e perigoso por organizações humanitárias.
A imprensa árabe noticiou na terça-feira que o Egito posicionou cerca de 40 mil efetivos das forças armadas no norte do Sinai, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, por recear uma fuga em massa para o seu território.
Hoje mesmo, o Papa Leão XIV pronunciou-se contra o "uso indiscriminado da força e deslocamento forçado de populações" num novo apelo para o fim da guerra na Faixa de Gaza.
A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e de 250 reféns.
A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 62.700 mortos até agora, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
Após quase dois anos de guerra, a ONU declarou em 22 de agosto uma situação de fome na província de Gaza, no norte do território, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.
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