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Defesa do magnata da comunicação social de Hong Kong prossegue alegações

A defesa do magnata da comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai continua hoje a apresentação das alegações finais num julgamento que é seguido pela comunidade internacional como um barómetro do retrocesso das liberdades no território.

Defesa do magnata da comunicação social de Hong Kong prossegue alegações

© Lusa

Lusa
27/08/2025 06:14 ‧ há 5 horas por Lusa

A audiência decorre rodeada de um amplo dispositivo de segurança, que inclui a presença de unidades armadas e patrulhas com cães do lado de fora do tribunal, onde, pelo menos, uma dezena de veículos oficiais permanecem estacionados, segundo o meio de comunicação social local Ta Kung Wen Wei.

 

Lai, com 77 anos, fundador do extinto jornal Apple Daily e de três empresas ligadas ao mesmo grupo editorial, enfrenta uma acusação de "conspiração para imprimir e reproduzir material sedicioso" e outras duas de "conspiração com forças estrangeiras ou externas com o objetivo de pôr em risco a segurança nacional".

A moldura penal aplicada a estas acusações pode levar à prisão perpétua do empresário.

A fase de alegações finais começou na semana passada, num processo iniciado em dezembro de 2023, marcado por vários adiamentos, entre eles os registados em meados de agosto devido a chuvas torrenciais e problemas de saúde do acusado.

Durante as sessões desta semana, a defesa centrou as alegações na refutação das acusações segundo as quais Lai orquestrou uma estratégia coordenada para promover sanções internacionais contra Hong Kong e Pequim, através de artigos publicados no Apple Daily e de um alegado apoio ao grupo ativista conhecido como "Stand With Hong Kong", segundo a imprensa de Hong Kong, cidade vizinha de Macau.

A equipa jurídica do empresário sustentou que não há provas de que Lai tenha dado instruções diretas a ativistas, nem de que as publicações do jornal constituíssem incitação à sedição, insistindo no papel dos meios de comunicação social "para facilitar o debate público".

O processo suscitou críticas de organizações internacionais relacionadas com a liberdade de imprensa e com a defesa dos direitos humanos, que o consideram um exemplo da utilização da Lei de Segurança Nacional, imposta em 2020 por Pequim após os protestos antigovernamentais em larga escala em Hong Kong, para restringir as liberdades fundamentais na antiga colónia britânica.

O caso ganhou uma nova dimensão internacional este mês, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter confirmado que a possível libertação de Lai faz parte da agenda das negociações comerciais entre Washington e Pequim.

Detido pela primeira vez em 2020, Lai permanece desde então numa prisão de segurança máxima e cumpre já uma pena de cinco anos e nove meses por um caso diferente.

Leia Também: Empresário dos media em solitária há mais de 4 anos "a próprio pedido"

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