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Associação Bielorrusa de Jornalistas teme pela saúde de repórter preso

O líder da Associação Bielorrussa de Jornalistas (BAJ) expressou hoje preocupação com a saúde do repórter condenado a três anos e meio de prisão por ligações à associação que o Governo classificou como extremista, noticiou a Associated Press.

Associação Bielorrusa de Jornalistas teme pela saúde de repórter preso

© Reprodução/X

Lusa
26/08/2025 22:12 ‧ há 22 horas por Lusa

"A situação só está a piorar e há sérias preocupações com a saúde de Aleh Suprunyuk. Não tínhamos contacto com ele há seis meses, o que demonstra a atitude das autoridades em relação aos jornalistas", disse Andrei Bastunets, em comunicado.

 

O jornalista Aleh Suprunyuk foi condenado em 08 de agosto, depois de ser declarado culpado por "participação em uma formação extremista", ou seja, por escrever para a BAJ, destacando que o Governo classificou a associação como extremista.

De acordo com o canal de televisão Belsat, Suprunyuk completará 58 anos em setembro, destacando que o jornalista tem uma deficiência e há preocupações de que a sua saúde possa piorar durante a detenção.

Segundo a mesma fonte, em 12 de dezembro de 2024, as forças de segurança já tinham revistado a casa de Suprunyuk, confiscando equipamentos de informática e o telemóvel.

O jornalista foi condenado a 15 dias de prisão, por distribuir "produtos de informação extremistas", mas foi libertado a 27 de dezembro.

Aleh Suprunyuk é um repórter que cobriu questões sociais e públicas na cidade de Brest, na Bielorrússia, trabalhou para o jornal Brestskiy Courier e para o site Pershy Rehiyon.

Os detalhes do julgamento só se tornaram públicos na segunda-feira.

A condenação do jornalista faz parte de uma repressão contínua contra os críticos do Governo, após protestos em massa devido à eleição contestada do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, a 09 de agosto de 2020.

Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, foi reeleito em 2020.

As autoridades da Bielorrússia usam o rótulo "extremista" para reprimir os dissidentes.

Os grupos de defesa dos direitos humanos dizem que as autoridades detiveram mais de 65.000 pessoas e centenas de milhares fugiram do país por terem medo de ser perseguidas.

O líder da BAJ disse ainda que a repressão na Bielorrússia não parece ter fim, apesar de um telefonema entre Lukashenko e o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, a 15 de agosto.

Há 1.196 presos políticos na Bielorrússia, incluindo o Prémio Nobel da Paz e ativista pela paz Ales Bialiatski, de acordo com o grupo de defesa dos direitos humanos Viasna.

A BAJ informou ainda que 38 jornalistas bielorrussos estão detidos.

Leia Também: Bielorrússia disposta a cooperar militarmente com Irão

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