Imagens difundidas nas redes sociais e uma transmissão ao vivo pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos - que representa a maioria dos familiares dos sequestrados - mostram manifestantes carregando cartazes com fotos dos reféns, além de bandeiras israelitas e amarelas, estas últimas em apoio aos cativos.
Vários familiares dos raptados intervieram no palco, incluindo Noam Perry, cujo pai, Haim Perry, foi raptado pelo Hamas a 07 de outubro de 2023 e morreu em cativeiro aos 79 anos.
"O meu pai e outros 41 reféns mortos em Gaza revelam uma verdade terrível: cada dia adicional de guerra coloca em perigo aqueles que ainda estão vivos", disse Noam, em inglês.
O homem também se dirigiu ao Presidente dos Estados Unidos: "Presidente Trump, olhe para esta multidão, olhe para as imagens das ruas de Israel. O povo de Israel vota com os pés: a nação quer que a guerra acabe e que os reféns regressem a casa. Para o meu pai é tarde demais, mas ainda pode salvar outros e ser lembrado como o Presidente que fez história".
O protesto encerrou um dia de manifestações contra a decisão do Governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, de expandir a ofensiva militar na Faixa de Gaza, em vez de negociar um acordo para a libertação dos cerca de 50 reféns que permanecem em Gaza, dos quais 20 estarão vivos.
O conflito no enclave foi desencadeado pelos ataques liderados pelo movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 62 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.
Leia Também: Israel alega que visou "câmara" do Hamas em ataques a hospital