"O grupo armado M23, controlado pelo Ruanda, executou sumariamente mais de 140 civis em julho de 2025, a maioria da etnia hutu, em pelo menos 14 aldeias e pequenas comunidades agrícolas no leste da RDCongo", escreveu esta Organização Não-Governamental (ONG) num comunicado citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
Segundo a HRW, as execuções ocorreram entre 10 e 30 de julho, quando combatentes do M23 assassinaram residentes e agricultores locais, incluindo mulheres e crianças, nas suas aldeias, campos e nas margens do rio Rutshuru, na província de Kivu do Norte.
"Testemunhos, bem como fontes da ONU e militares, indicam que o exército ruandês e as Forças de Defesa do Ruanda (RDF) também participaram nas operações do M23", lê-se no texto citado pela Efe.
"Os massacres em massa cometidos pelo M23, apoiado pelo Ruanda, mostram a lacuna que existe entre a retórica no cenário internacional e a realidade para os civis no leste do Congo", diz a HRW.
Os massacres agora denunciados ocorreram semanas após um acordo preliminar mediado pelos Estados Unidos, assinado em 27 de junho entre a RDCongo e o Ruanda.
Na terça-feira, o M23 e a RDCongo assinaram em Doha uma declaração de princípios para pôr fim à violência, mas nesse mesmo dia o grupo rebelde confirmou à Efe que não voltará à mesa de negociações patrocinada pelo Catar até que o Governo congolês liberte os seus prisioneiros.
Leia Também: RDCongo. Pelo menos 52 civis mortos em ataques das FDA