Zelensky denuncia bombardeamentos russos para pressionar Kyiv e Europa

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou hoje que o homólogo russo, Vladimir Putin, seja recompensado pela guerra, poucas horas antes de se reunir com líderes norte-americanos e europeus para tentar resolver o conflito.

volodymyr zelensky

© Vitalii Nosach/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
18/08/2025 13:25 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Putin cometerá assassínios para manter a pressão sobre a Ucrânia e a Europa, bem como para humilhar os esforços diplomáticos", reagiu Zelensky aos ataques russos de hoje contra território ucraniano, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

 

As autoridades ucranianas disseram que a Rússia lançou esta madrugada novos ataques com drones e mísseis que causaram sete mortos em Kharkiv (leste) e três em Zaporijia (sul).

As autoridades de ocupação russas anunciaram também que ataques ucranianos causaram dois mortos nas regiões de Kherson e Donetsk, parcialmente sob o controlo das tropas de Moscovo.

O presidente da câmara de Kharkiv, Igor Terejov, disse nas redes sociais que uma bebé de 18 meses de idade estava entre as sete vítimas mortais do ataque russo, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

Terejov denunciou que as forças russas atacaram de forma seletiva um prédio de apartamentos em Kharkiv com cinco drones enquanto "residentes pacíficos" dormiam tranquilamente.

"Terror em estado puro. Terror sem explicação nem justificação", afirmou.

Zelensky, que vai reunir-se em Washington com o homólogo norte-americano, Donald Trump, num encontro também aberto a vários líderes europeus e da NATO, disse que a Rússia "não deve ser recompensada" pela guerra.

Acusou Moscovo de se comportar de forma cínica e de pretender fazer uma demonstração de força com bombardeamentos no dia da reunião em Washington, que se segue à cimeira Trump-Putin na sexta-feira, no Alasca.

"Eles [os russos] sabem que hoje haverá uma reunião em Washington para discutir o fim da guerra", afirmou.

Zelensky denunciou também "um ataque deliberado da Rússia contra uma instalação energética em Odessa, propriedade de uma empresa do Azerbaijão", que visou as relações da Ucrânia e a segurança energética do país.

"É precisamente por isso que procuramos ajuda para pôr fim aos assassínios", disse o líder ucraniano, também citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Zelensky espera abordar "questões fundamentais" para tentar alcançar "uma paz digna e uma verdadeira segurança" no terreno, tendo em conta que "a máquina de guerra russa continua a destruir vidas apesar de tudo".

Após a cimeira do Alasca, que não produziu resultados tangíveis, Trump voltou a mudar de posição, ao deixar de exigir a Putin um cessar-fogo imediato e ao defender a negociação direta de um acordo de paz.

Trump também sugeriu nas últimas horas que Zelensky pode pôr fim ao conflito "quase imediatamente" se aceitar o acordo e descartou tanto a adesão da Ucrânia à NATO como a recuperação da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014.

Zelensky estará em Washington com os presidentes francês, Emmanuel Macron, e finlandês, Alexander Stubb, e os chefes dos governos alemão, Friedrich Merz, britânico, Keir Starmer, e italiano, Giorgia Meloni.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também participarão na reunião.

Leia Também: "Paz duradoura". Zelensky diz a Trump que deseja "pôr fim à guerra"

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