"Tivemos uma boa conversa com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) [Donald Trump], o Presidente [da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky e outros líderes europeus", escreveu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nas redes sociais, acrescentando que todos estão "em coordenação próxima".
A presidente do executivo comunitário europeu disse que há um "terreno comum" de entendimento sobre o caminho para a paz na Ucrânia, mais de três anos depois do início da guerra.
"Ninguém quer mais a paz do que nós [a UE], uma paz justa e duradoura", sustentou Ursula von der Leyen.
Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, mostrou-se esperançado de que a reunião de sexta-feira entre os líderes norte-americano e russo, Donald Trump e Vladimir Putin, respetivamente, no Alasca, seja um "sucesso".
Falando numa conferência de imprensa ao lado do Presidente francês, Emmanuel Macron, o ex-primeiro-ministro português congratulou-se com o facto de os Estados Unidos estarem dispostos a partilhar com a Europa e outros aliados os esforços para dar garantias de segurança à Ucrânia.
Costa enfatizou ainda que, apesar da desvantagem inicial e da ofensiva russa dos últimos dias, até agora os ucranianos conseguiram, em grande parte, conter a invasão.
"Há três anos e meio, os russos estavam às portas de Kiev", lembrou Costa.
Já o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, disse que aprecia a "liderança de Donald Trump" e que há "coordenação entre os países aliados" para acabar com a invasão russa.
Mark Rutte, ex-primeiro-ministro dos Países Baixos, disse que os países que apoiam a Ucrânia "estão unidos nos esforços para acabar com esta guerra terrível".
"A bola está agora do lado de [Vladimir] Putin [Presidente da Rússia]", advertiu o secretário-geral da Aliança Atlântica.
Os responsáveis da UE e da NATO falavam após reuniões virtuais promovidas hoje pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, dois dias antes da cimeira entre Trump e Putin no estado norte-americano do Alasca para discutir a possibilidade de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
O Presidente ucraniano não foi convidado para estar presente na reunião de sexta-feira, mas já se opôs à possibilidade levantada por Donald Trump de haver cedências de território.
Nas reuniões de hoje participaram ainda os líderes da França, Reino Unido, Itália, Polónia e Finlândia.
[Notícia atualizada às 17h03]
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