Ucrânia? China espera conversações de paz entre todas as partes

A China saudou hoje os contactos entre os Estados Unidos e a Rússia antes da cimeira de sexta-feira, no Alasca, e disse esperar a participação de "todas as partes envolvidas" em conversações no momento oportuno.

porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian

© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
12/08/2025 15:32 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A China "está satisfeita por ver a Rússia e os Estados Unidos manterem contactos, melhorarem as relações e avançarem com o processo de resolução política" da crise ucraniana, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian.

 

O porta-voz afirmou num comunicado que Pequim espera que as conversações conduzam "o mais rapidamente possível" a um acordo "justo, duradouro e vinculativo" sobre a Ucrânia, aceitável para todas as partes envolvidas.

Questionado sobre a ausência da Ucrânia e da União Europeia (UE) na reunião de sexta-feira, Lin não comentou a validade de qualquer acordo alcançado sem ucranianos e europeus.

Acrescentou que Pequim espera a participação da Ucrânia e da UE no processo de conversações "no momento apropriado", segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, vão reunir-se na sexta-feira, no Alasca (Estados Unidos), para discutir a guerra na Ucrânia.

Nos últimos dias, vários líderes europeus advertiram que o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos.

A UE, que apoiou a iniciativa de diálogo, reiterou que a paz exclui "alterações de fronteiras pela força".

O Reino Unido disse que apoia os contactos, mas considerou que Putin "não é de todo fiável".

A Índia também apoiou a cimeira como uma oportunidade para avançar para um cessar-fogo, apesar dos atritos comerciais que mantém com Washington.

Putin manteve nos últimos dias conversas telefónicas com vários aliados, incluindo os líderes da China, Índia e Brasil, para os informar dos planos da cimeira e angariar apoio para as suas posições antes da reunião com Trump.

O líder russo tem exigido que a Ucrânia reconheça a anexação russa de cinco regiões ucranianas, e desista da adesão à UE e à NATO.

A Rússia anexou a Península da Crimeia, em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson em 2022, alguns meses depois da invasão de fevereiro, que desencadeou a guerra em curso.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem repetido que Kiev não cederá qualquer parte do território ucraniano a Moscovo.

Leia Também: Hungria acusa UE de "impor condições" a reunião entre Trump e Putin

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