Mais de metade dos casos de mpox já recuperados em Moçambique

As autoridades de saúde moçambicanas afirmaram hoje que mais de metade dos casos confirmados de mpox em Moçambique já estão recuperados e sem registo de óbitos.

Patients treated in hospital amidst Congo's mpox upsurge

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Lusa
12/08/2025 14:50 ‧ há 3 horas por Lusa

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Moçambique

"Do total de 38 casos positivos, 20 estão atualmente recuperados da doença e já tiveram alta domiciliar. Até agora não tivemos nenhum óbito pela doença e esperamos, gostaríamos e estamos a trabalhar para evitar que tenhamos óbitos pela doença no país", disse o diretor nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, durante um seminário de capacitação de jornalistas sobre a "mitigação de rumores e abordagem responsável da mpox na comunicação social", em Maputo.

 

Moçambique registou até domingo mais quatro casos de mpox na província de Niassa, epicentro do surto, elevando para 38 num mês, com o total de casos suspeitos a subir para 325.

Segundo o diretor de Saúde Pública moçambicano, desse cumulativo de casos positivos de mpox, pelo menos 23 pessoas são homens e os restantes 15 são mulheres. Nos mesmos 38 casos confirmados, um total de 31 tem idades compreendidas entre 15 e 45 anos.

Quinhas Fernandes avançou ainda que Niassa tem pelo menos 14 casos de doentes estrangeiros, apontando o "movimento transfronteiriço intenso" como uma das principais causas de disseminação da doença naquela província, que faz fronteira com a Tanzânia e com o Maláui.

"O movimento transfronteiriço intenso, quer de garimpeiros, porque é uma área de minas, quer pelo movimento de mulheres trabalhadoras de sexo, tem estado a jogar um papel importante na dinâmica da transmissão da doença naquela área", acrescentou o responsável.

Até domingo, Moçambique registou também 12 novos casos suspeitos, subindo para 325, entre as províncias de Maputo, Gaza, Tete, Manica, Nampula e Zambézia, estando 137 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.

Até ao momento, as autoridades sanitárias contabilizam 33 casos de mpox no Niassa (norte), dois em Manica (centro) e três na província de Maputo (sul).

O diretor nacional de Saúde Pública em Moçambique pediu na quarta-feira que se evite o pânico e a desinformação em relação à mpox, visando combater a discriminação que possa surgir contra as vítimas.

Moçambique espera receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou na terça-feira o Governo.

As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação da doença.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública, disse.

Leia Também: Infetados com mpox em Moçambique sobem para 38 e casos suspeitos para 325

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