"Tem de haver consequências para as relações entre a União Europeia e Israel se avançar esta decisão", escreveu António Costa nas redes sociais.
O presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro de Portugal pediu a Israel para "reconsiderar a decisão de apoderar-se" a cidade de Gaza.
"Esta operação - em simultâneo com a anexação ilegal e expansão dos colonatos na Cisjordânia, a destruição de Gaza, o bloqueio à ajuda humanitária e o alastramento da fome - não só viola o acordo estabelecido em 19 de julho com a União Europeia [...], como também subverte os princípios fundamentais da lei internacional e dos valores universais", acrescentou.
O gabinete de segurança de Israel aprovou uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.
O plano foi de imediato criticado por familiares de reféns israelitas, pela Autoridade Nacional Palestiniana e por vários governos.
Trata-se de uma nova fase da guerra em curso na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque em Israel do grupo extremista Hamas de 07 de outubro de 2023, com um balanço de dezenas de milhares de mortos e acusações de genocídio contra o Governo de Benjamin Netanyahu.
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