A operação foi dirigida pela agência dos serviços de segurança internos israelitas, Shin Bet, de acordo com um comunicado.
O exército detalhou que 'Abu Khali' era responsável por "coordenar com outras organizações terroristas" ataques a Israel e "fortalecer laços" com o eixo xiita, tendo "atuado recentemente" para impulsionar operações militares contra alvos israelitas, indicou.
As forças israelitas acrescentaram que 'Abu Khali' foi nomeado chefe de segurança militar da FPLP na Síria depois de o antecessor Shantal al-Aal "ter sido eliminado" num esconderijo em Beirute, em setembro de 2024.
O ataque mortal de quinta-feira é o terceiro contra o Líbano em menos de 24 horas, depois de, na tarde desse dia, seis pessoas terem morrido e 10 ficado feridas na estrada de Masnaa (leste). Na localidade de Kfar Dan, também no Vale de Bekaa (leste), um outro ataque matou uma pessoa.
Apesar do cessar-fogo acordado em novembro passado, Israel continuou a atacar o território libanês com bombardeamentos que, muitas vezes, afirma serem dirigidos contra membros do grupo xiita Hezbollah ou infraestruturas pertencentes ao movimento libanês, apoiado pelo Irão.
A frequência dos ataques aumentou nas últimas semanas, coincidindo com os esforços do governo libanês para promover o desarmamento do Hezbollah.
Fundada em 11 de dezembro de 1967, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) é uma organização política e militar palestiniana de orientação marxista-leninista, considerada terrorista pela UE e pelos Estados Unidos.
Outrora uma importante organização, a FPLP perdeu importância nos anos de 1990, tendo ressurgido durante a Segunda Intifada, iniciada em setembro de 2000.
A FPLP foi fundada por George Habash, um médico palestiniano de família de cristã ortodoxa como uma organização socialista-revolucionária de resistência à ocupação da Cisjordânia por Israel, após a Guerra dos Seis Dias (entre 05 e 10 de junho de 1967). No auge, chegou a ser considerada o segundo maior movimento militante palestiniano.
Atualmente, a FPLP considera ilegais tanto o governo liderado pela Fatah, na Cisjordânia, como o Governo do Hamas, na Faixa de Gaza, porque não se realizam eleições para a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) desde 2006.
A FPLP tem geralmente adotado uma linha dura em relação às aspirações nacionais palestinianas, opondo-se à posição mais moderada da Fatah e também à posição Hamas de criar um estado islâmico na Palestina, ainda que frequentemente coopere com o movimento de resistência islâmica contra Israel.
Leia Também: França saúda "decisão corajosa" do Líbano de desarmar o Hezbollah