Líder sérvio-bósnio Dodik pede para pagar multa em vez de ser preso

O presidente da Republika Srpska, o separatista pró-russo Milorad Dodik, pediu a comutação da sua pena de um ano de prisão para uma multa, informou hoje o Tribunal da Bósnia-Herzegovina.

Milorad Dodik

© STRINGER/AFP via Getty Images

Lusa
07/08/2025 18:17 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Milorad Dodik

Na semana passada, o tribunal confirmou, em segunda e definitiva instância, a condenação do dirigente sérvio-bósnio a um ano de prisão e a seis anos de inibição de exercer cargos políticos, por desrespeito das decisões do Alto Representante Internacional na Bósnia-Herzegovina, Christian Schmidt.

 

O pedido de comutação de pena de Dodik foi hoje confirmado pelo Tribunal de Estado da Bósnia-Herzegovina ao canal televisivo N1, sem fornecer mais pormenores.

O órgão de comunicação social recordou que a lei bósnia prevê a possibilidade de comutar para uma multa uma pena de prisão de até um ano.

Os advogados de Dodik apresentaram na quarta-feira um pedido oficial para que Dodik possa evitar a prisão, pagando um montante estimado em cerca de 18.000 euros.

Quanto à outra parte da sentença - a inabilitação política -, a Comissão Central Eleitoral da Bósnia-Herzegovina anulou o mandato de Dodik como presidente da Republika Srpska, a entidade sérvia da Bósnia que, juntamente com muçulmanos e croatas, constitui o Estado da Bósnia-Herzegovina.

O anúncio da retirada do mandato ao polémico líder sérvio-bósnio desencadeou diversas reações internacionais.

Enquanto a Hungria, a Sérvia e a Rússia criticaram a condenação e a inibição de exercício de cargos públicos, a União Europeia (UE) instou todas as partes a respeitarem a sentença e a reconhecerem a independência e a imparcialidade do Tribunal da Bósnia-Herzegovina.

A Rússia apelou para a realização à porta fechada de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para abordar a situação naquele país dos Balcãs, na sequência da decisão da Justiça bósnia.

Dodik expressou a sua rejeição do veredicto numa declaração publicada nas redes sociais, afirmando que, para ele, a rendição não é uma opção.

O Acordo de Paz de Dayton, que pôs fim a quatro anos de guerra civil interétnica com um balanço de cerca de 100.000 mortos no país balcânico, criou em 1995 a Bósnia-Herzegovina como uma república federal, com uma estrutura descentralizada e dividida em duas entidades: a "Federação da Bósnia-Herzegovina" (a entidade dos muçulmanos e croatas) e a Republika Srpska (a entidade dos sérvios da Bósnia).

Foi também acordada uma administração sob a tutela de um alto representante eleito pelo Conselho Europeu, um protetorado europeu que se mantém até hoje.

Leia Também: Presidente da entidade sérvia da Bósnia condenado a 1 ano de prisão

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