Enviado de Trump chega a Moscovo para discussões sobre paz na Ucrânia

O enviado norte-americano Steve Witkoff chegou hoje a Moscovo para se reunir com a liderança russa, poucos dias antes do fim do prazo dado pelo Presidente norte-americano para que a Rússia cesse a ofensiva na Ucrânia.

Steve Witkoff

© KRISTINA KORMILITSYNA/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
06/08/2025 07:02 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Witkoff "foi recebido pelo representante especial do Presidente [Vladimir Putin], Kirill Dmitriev", escreveu a agência Tass esta manhã.

 

Steve Witkoff, braço direito de Donald Trump para "missões de paz" no Médio Oriente e Ucrânia, já se reuniu com o líder russo várias vezes, mas nenhuma dessas conversas levou Putin a mudar de rumo.

As relações entre Moscovo e Washington passaram por um súbito pico de tensão na semana passada, com o envio de dois submarinos nucleares por Donald Trump para locais no globo nunca revelados, após uma discussão 'online' com o ex-presidente russo Dmitri Medvedev.

O líder norte-americano deu dez dias, ou seja, até sexta-feira, para a Rússia pôr fim à ofensiva na Ucrânia, sob pena de imposição de novas sanções.

Por outro lado, Donald Trump ameaçou impor "direitos aduaneiros secundários" aos países que continuam a negociar com a Rússia, como China e Índia.

Questionado na terça-feira, na Casa Branca, sobre se iria impor sobretaxas de 100%, o dirigente indicou que "nunca falou em percentagem, mas que [os Estados Unidos] irão fazer muitas coisas nesse sentido".

"Temos uma reunião com a Rússia amanhã. Veremos o que vai acontecer. Tomaremos essa decisão nesse momento", afirmou.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou na terça-feira aos países ocidentais para que "intensifiquem a pressão" sobre os lucros das petrolíferas russas.

Zelensky anunciou ter discutido as sanções contra Moscovo e a cooperação militar, por telefone, com Donald Trump, mencionando na plataforma Telegram um "projeto de acordo sobre 'drones'".

Donald Trump tem manifestado publicamente a frustração em relação a Vladimir Putin.

Aos jornalistas que lhe perguntaram na segunda-feira qual seria a mensagem de Witkoff a Moscovo e se havia uma forma de a Rússia evitar as sanções, Trump respondeu: "Sim, chegar a um acordo para que as pessoas deixem de ser mortas".

O Kremlin, por seu lado, denunciou ameaças, que considerou ilegítimas.

E, apesar da pressão exercida por Washington, a ofensiva russa contra o país vizinho continua.

Na Ucrânia, ataques com 'drones' russos feriram três pessoas esta madrugada na região de Zaporijia e duas na região de Kherson, de acordo com as autoridades militares regionais.

Do outro lado da linha de frente, o Ministério da Defesa russo anunciou a interceção, esta madrugada, de 51 'drones' ucranianos.

Leia Também: Ucrânia: 16 crianças vítimas da guerra vêm passar férias em Portugal

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