"Hoje faz cinco dias que o nosso dirigente nacional José Riera foi vítima de uma detenção arbitrária e, desde então, tem estado em desaparecimento forçado às mãos do Estado venezuelano", denuncia o VP na sua conta na X.
Na mesma rede social, o VP, partido de centro-esquerda, fundado em 2009 por Leopoldo López (atualmente asilado na Espanha) e do qual fez parte Juan Guaidó, sublinha que desde a sua detenção "a sua família e os seus advogados não o têm podido ver, não receberam qualquer informação oficial e persiste o silêncio institucional".
"O desaparecimento forçado é um crime contra a humanidade. Exigimos que as autoridades garantam a vida de José Riera e que cessem as práticas de perseguição e tortura contra quem pensa de forma diferente", lê-se na denúncia na X.
Segundo a organização não governamental Foro Penal, em 21 de julho de 2025 a Venezuela tinha 853 pessoas detidas por motivos políticos, 759 homens e 94 mulheres.
Do total de presos políticos, 684 são civis e 169 militares, 849 adultos e 4 adolescentes.
81 dos detidos são de nacionalidade estrangeira, explica na X, sem precisa de quais nacionalidades.
O FP desconhece o paradeiro de 46 presos políticos na Venezuela.
"Detenções políticas desde 2014: 18 444. Pessoas assistidas pelo FP que foram libertadas: mais de 14.000. Pessoas ainda arbitrariamente sujeitas a medidas restritivas da liberdade: mais de 9.000", explica o Foro Penal, precisando que os dados dos detidos são enviados periodicamente à Organização de Estados Americanos e à ONU para verificação e certificação.
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