Essa ajuda deve incluir "combustível, água, suprimentos e pessoal para ajudar a restaurar os serviços essenciais em Gaza e cobrir as necessidades humanitárias urgentes", indicaram os especialistas, entre os quais a relatora especial para os Territórios Palestinianos Ocupados, Francesca Albanese, num comunicado conjunto.
"A comunidade internacional deve agir agora para pôr fim a essa privação desumana e ilegal e garantir a restauração urgente da água e dos serviços de higiene em Gaza", referiram.
No comunicado, os peritos centraram-se especialmente na recusa israelita em permitir a entrada de água potável no enclave, afirmando que Israel "está a usar a sede como arma para matar os palestinianos".
Recordaram que, desde o início do conflito em outubro de 2023, as forças militares de Israel têm atacado repetidamente instalações de água, poços, canalizações, estações de dessalinização e sistemas de esgotos.
"Oitenta e nove por cento da infraestrutura de água e esgoto de Gaza foi danificada ou destruída pelas forças israelitas, deixando mais de 90% dos lares sem segurança hídrica", alertaram.
O comunicado é assinado, além de Francesca Albanese, pelo especialista independente George Katrougalos e pelos relatores da ONU sobre Ambiente Saudável (Astrid Puentes), Direitos dos Deslocados (Paula Gaviria), Água (Pedro Arrojo-Agudo), Saúde Mental (Tlaleng Mofokeng) e Alimentação (Michael Fakhri).
Os peritos independentes são apontados pela ONU, mas não falam em nome das Nações Unidas.
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