"O Hamas acaba de apresentar a sua resposta e a das fações palestinianas à proposta de cessar-fogo aos mediadores", afirmou o movimento islamista palestiniano, na plataforma de mensagens Telegram.
A resposta incluiu propostas de alterações às cláusulas sobre a entrada de ajuda humanitária, mapas das zonas de onde o exército israelita se deverá retirar e garantias de um fim permanente para a guerra, disse à AFP uma fonte palestiniana próxima das negociações em curso em Doha, no Qatar.
Os negociadores estão a tentar chegar a acordo sobre uma trégua que permita a libertação de dez reféns israelitas em troca de um número não especificado de prisioneiros palestinianos.
No entanto, as negociações arrastam-se há mais de duas semanas sem qualquer avanço, com cada lado a acusar o outro de se recusar a ceder em exigências importantes.
Para Israel, desmantelar as capacidades militares e governamentais do Hamas é inegociável, enquanto o movimento palestiniano exige garantias firmes para uma trégua duradoura, a retirada total das tropas israelitas e o livre fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
O porta-voz do Governo israelita, David Mencer, acusou na quarta-feira o Hamas de obstruir as negociações.
"Israel aceitou a proposta do Qatar, bem como a proposta atualizada de [o enviado especial dos EUA, Steve] Witkoff; é o Hamas que está a recusar", disse aos jornalistas, acrescentando que os negociadores israelitas ainda estavam em Doha e as discussões prosseguiam.
Os Estados Unidos indicaram na terça-feira que Witkoff ia viajar para a Europa esta semana, para negociações sobre Gaza e que, depois, poderia viajar para o Médio Oriente.
Witkoff inicia a viagem com "a firme esperança" de alcançar um novo cessar-fogo, "bem como um corredor humanitário para a entrega de ajuda, com o qual ambos os lados, de facto, concordaram", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, na terça-feira.
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