"O Ministério da Defesa [romeno] e a empresa israelita Rafael assinaram um acordo-quadro para a aquisição de seis sistemas" de curto alcance (SHORAD-VSHORAD), indicou o Governo de Bucareste, membro da NATO, em comunicado.
"O programa visa dotar o exército de sistemas de armas concebidos para proteção contra ameaças aéreas, nomeadamente drones e mísseis de cruzeiro", acrescentou na mesma nota.
O ministro da Defesa romeno, Ionut Mosteanu, comparou recentemente, na televisão pública, estas baterias defensivas à Cúpula de Ferro utilizada para "proteger Telavive de ataques iranianos".
O país leste europeu, que partilha 650 quilómetros de fronteira com a Ucrânia e é banhado pelo mar Negro, tem vindo a modernizar a defesa nos últimos anos, substituindo progressivamente equipamentos e armas de fabrico soviético.
Em 2024, Bucareste assinou um contrato de aquisição de 32 aviões de combate F-35 aos Estados Unidos por 6.500 milhões de euros, numa aquisição considerada histórica.
O esforço intensificou-se desde a invasão russa da Ucrânia, embora este projeto específico de sistemas antiaéreos tenha sido iniciado antes e aprovado pelo Parlamento em 2020.
Em constante estado de alerta, a Roménia denuncia regularmente violações do espaço aéreo por drones russos e já encontrou várias vezes destroços desses aparelhos no seu território.
Em 2021, a República Checa já tinha celebrado um acordo com a empresa estatal israelita Rafael para adquirir, até 2026, quatro baterias do sistema de defesa aérea de curto alcance Spyder, por 540 milhões de euros.
Na altura, o diretor-geral da empresa, Yoav Har-Even, saudou o contrato, "o primeiro acordo de defesa aérea com um país da NATO".
A Rafael Advanced Defense Systems é a autoridade israelita, sob tutela do Ministério da Defesa, responsável pelo desenvolvimento de armamento e tecnologia militar.
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