De acordo com o Ministério da Saúde israelita, o material médico será enviado para um hospital sírio, que terá sido gravemente danificado nos combates, que já causaram pelo menos 940 mortos.
"Todos sabem que somos irmãos da comunidade drusa, mas além disso estamos ligados por um 'pacto de vida'. Não podemos ficar parados enquanto membros de uma comunidade dentro ou fora de Israel estão em perigo", disse o ministro da Saúde israelita, Uriel Buso, citado pela agência noticiosa espanhola Europa Press.
Na Síria, os confrontos começaram no domingo passado, dia 13 de julho, entre combatentes drusos, beduínos e sunitas na cidade de Sweida, antes da intervenção das forças do Governo sírio, acusadas de também terem combatido os grupos drusos.
As tensões entre tribos beduínas e fações drusas são antigas.
As novas forças governamentais da Síria enviaram reforços para repor a segurança na região e assumiram o controlo de várias localidades, mas acabaram por se retirar após ataques aéreos israelitas (realizados sob o argumento da defesa da minoria drusa) e um cessar-fogo acordado na quarta-feira.
Segundo um balanço de hoje do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 940 pessoas morreram devido a estes confrontos intercomunitários que ainda perduram, apesar de as autoridades sírias terem anunciado um cessar-fogo.
Na capital da província de Sweida vivem cerca de 100 mil pessoas, um quarto da população da região, que faz fronteira, a sul, com a Jordânia.
Os drusos são uma minoria religiosa da Síria, que segue uma fé abraâmica que tem traços próximos do judaísmo e do cristianismo, mas com hábitos culturais árabes.
Mais de metade dos cerca de um milhão de drusos em todo o mundo vive na Síria. A maioria dos restantes reside no Líbano e em Israel, incluindo nos Montes Golã, território capturado por Israel à Síria na guerra do Médio Oriente de 1967 e anexado em 1981.
Após a queda do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, em dezembro, surgiram preocupações quanto ao destino das minorias étnicas no país sob o novo Governo de transição sírio, liderado por Ahmad al-Sharaa, um antigo líder rebelde islamita.
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